Os observadores do céu e amantes da astronomia terão mais um evento para
acompanhar a partir desta sexta-feira (21): a primeira "grande paralisação
lunar" desde 2006 poderá ser observada. Também chamado de lunistício, esse
fenômeno ocorre quando a lua nasce e se põe nas posições mais extremas no
horizonte.
Durante a "grande paralisação lunar", as inclinações da Terra e da Lua
estão no máximo. A lua nasce no ponto mais a nordeste e se põe mais a noroeste,
o que fará com que ela permaneça no céu por mais tempo. Esse fenômeno pode ser
registrado a cada ciclo lugar, que dura 18,6 anos.
Locais históricos como Stonehenge, o monumento de pedras localizado em
Salisbury, na Inglaterra, parecem estar alinhados com os pontos de nascimento e
pôr da lua durante o lunistício, o que pode indicar a importância do evento no
céu para as pessoas que construíram o monumento.
De acordo com a English Heritage, empresa que administra o monumento de
Stonehenge, acredita-se que a construção de pedras foi influenciada por pelo
menos um lunistício, já que alguns de seus eixos ficam alinhados à lua durante
o fenômeno.
Quem vai conseguir ver o lunistício?
O lunistício será visível somente no Hemisfério Norte. Isso significa que ele
não poderá ser avistado no Brasil. A visualização do fenômeno também vai variar
de acordo com a localização, a fase da lua e com as condições do céu no
momento.
A empresa administradora de Stonehenge fará uma transmissão ao vivo da
"grande paralisação lunar", a partir das 17h30 desta sexta-feira (21), no
horário de Brasília.
Como observar o fenômeno?
Para observar a "grande paralisação lunar", basta olhar do mesmo local de
sempre e você já notará a diferença.
Binóculos e telescópios não são necessários, mas podem ajudar a ampliar
a visualização e tirar o máximo proveito da observação da lua.
Por que o lunistício acontece?
O lunistício ocorre porque a lua não segue o mesmo caminho que o sol. O sistema
solar é plano, com os planetas, planetas-anões e asteroides orbitando o sol no
mesmo plano, conhecido como eclíptica.
A Terra gira em um eixo inclinado a 23,4 graus em relação a esse plano,
fazendo com que o Sol nasça e se ponha dentro de quase 47 graus – uma faixa que
cobre gradualmente ao longo de um ano inteiro.
A órbita da lua é inclinada 5,1 graus em relação à eclíptica, permitindo
que o nascer e o pôr da lua aconteçam dentro de uma faixa de 57 graus em
qualquer mês.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br/