Na tarde desta quarta-feira (19), a
bancada do PT na Câmara entrou com ação judicial acusando o presidente do Banco
Central (BC), Roberto Campos Neto, de fazer "manifestações de natureza
político-partidĂĄrias" e, com isso, "afetar significativamente
a credibilidade da instituição e a adequada condução das políticas monetĂĄria e
financeira nacional".
A ação petista foi impetrada na Justiça
no mesmo dia em que o Copom deve parar com os cortes na taxa Selic, de acordo
com a expectativa dos membros do mercado financeiro.
"O fumus boni iuris [sinal do bom
direito] restou ampla e devidamente demonstrado em virtude da ostensiva
motivação político-partidĂĄria do presidente do Banco Central do Brasil,
amplamente registrada pela imprensa, que denota possível interferĂȘncia na
imparcialidade política que se exige na condução daquela instituição", dizem os deputados do PT na ação.
A bancada do PT anexou cópias de
reportagens jornalística sobre o jantar, como uma matéria da "Folha de S.Paulo"
sobre Campos Neto ter sinalizado a Tarcísio de Freitas que aceitaria ser
ministro da Fazenda caso ele fosse eleito presidente.
A ação petista foi protocolada no TRF-1
e assinada por 59 dos 68 deputados federais do PT. O partido pede que
Campos Neto seja proibido de "ostentar movimentação política e realizar
pronunciamentos de natureza político-partidĂĄrias" e "de
manifestar qualquer apoio à candidatura ou pretensão de ocupação de cargo
político" enquanto estiver no cargo.
Os deputados petistas solicitam que
Campos Neto não possa fazer "pronunciamentos que denotem possível
interferĂȘncia na imparcialidade política imposta ao presidente do Banco Central
do Brasil".
Fonte: Gazeta Brasil