As passagens aéreas nacionais e internacionais dos destinos mais procurados pelos brasileiros para viajar em julho chegam a variar até 270% em um ano. Segundo levantamento da Kayak, empresa especializada em pesquisa de viagens, feito com exclusividade para o R7, enquanto o valor de ida e volta para Nova York caiu 58%, para Madri, o houve aumento de 270%.
A pesquisa considerou os destinos nacionais e internacionais mais solicitados pelos brasileiros para voos em julho e comparou os preços das passagens vendidas de abril a junho deste ano ao mesmo período de 2022.
Entre os destinos que mais aumentaram, além de Madri, está Miami, com 120%, e Porto Seguro (BA), com 100%. Já os que mais recuaram, depois de Nova York (EUA) vem Santiago, no Chile, com 45% de queda, e Maceió (AL), com redução de 35%.
"As análises fornecem insights importantes sobre tendências de viagem. Os dados podem auxiliar os viajantes a planejarem suas viagens levando em conta as variações de preços e escolhendo destinos mais acessíveis", afirma o country manager da Kayak Brasil, Gustavo Vedovato.
O executivo explica que isso acontece porque há muitas variáveis que influenciam na composição dos preços das passagens, como o valor do combustível de aviação, a oferta e a demanda, a configuração das malhas aéreas, variação cambial, antecedência de compra, alta ou baixa temporada, entre outros.
O levantamento foi realizado na base de dados da Kayak, considerando buscas por passagens para todas as cidades do mundo, a partir de todos os aeroportos do Brasil. Os preços e percentuais são uma média e podem variar com o tempo.
Os destinos mais procurados e a variação do preço em um ano.
Em voos para julho
Em março deste ano, a média da tarifa doméstica foi de R$ 603,93, uma queda de 11% em relação ao mesmo mês de 2022, segundo dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). A tarifa média chegou a atingir o pico histórico de R$ 724,65 em setembro do ano passado.
Quintella explica que os valores têm a ver com a conjuntura econômica, mas não necessariamente com o câmbio. "O dólar tem caído e está abaixo de R$ 5, mas isso não quer dizer muita coisa ainda, porque representa 60% dos custos da passagem. Tem o combustível dolarizado, o leasing das aerornaves é dolarizado. Então ainda é muito tributado", acrescenta o professor.
Segundo ele, o querosene de aviação poderia ser muito mais barato no país. Apesar de 90% do combustível ser produzido em território nacional, ainda está com paridade de preço internacional. "Pode ser que agora, com a nova política de preços da Petrobras, esse valor tenha outro rumo. Ainda tem que esperar um pouco para entender o processo para dizer se estamos numa queda no preço da tarifa consistente, que será contínua e que o consumidor vai se beneficiar. Mas ainda eu falaria isso agora", conclui o especialista.
Fonte: R7.com