Integrantes da bancada evangélica na
Câmara dizem, nos bastidores, que topam flexibilizar o texto do "PL do Aborto",
projeto de lei que equipara o aborto após 22 semanas de gestação ao crime de
homícídio.
Em busca de apoio para aprovar a
proposta, deputados evangélicos dizem concordar em deixar claro no texto que
não haverá punição a menores de 18 anos que fizerem o aborto, mesmo após as 22
semanas de gestão.
Segundo os parlamentares, o projeto não
liberaria o aborto para menores de idade, mas apenas os tornaria inimputáveis.
A punição continuaria sendo aplicada a médicos e aos representantes legais da
criança ou adolescente.
PL
do Aborto só será votado depois das eleições
Embora tenha tido regime de urgência já aprovado, o PL não será votado agora.
Nessa terça-feira (18/6), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), anunciou
que o projeto só será analisado após as eleições municipais.
Segundo Lira, na primeira reunião de
líderes após o pleito municipal de outubro, será criada uma comissão especial
para discutir o mérito da proposta. Ou seja, o PL não irá mais ser votado
diretamente no plenário.
Lideranças evangélicas viram com bons
olhos a solução de Lira. E prometem trabalhar para criar um texto que seja
aprovado tanto na Câmara quanto no Senado, mantendo a essência de proteção ao
feto após as 22 semanas.
Lira critica "narrativas falsas"
Apesar da forte oposição popular contra o projeto, capitaneado por partidos de
esquerda e movimentos feministas, Lira avisou lideranças da Câmara que não irá
arquivar o projeto
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