O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fez uma espécie de aperfeiçoamento
na urna eletrônica, sugerido pela Controladoria-Geral da União (CGU). A mudança
aconteceu após o código-fonte das urnas ser inspecionado por três
desenvolvedores da área de tecnologia da informação da CGU durante a última
semana.
A proposta de alteração partiu do desenvolvedor Everton Ramos, que já
havia participado da inspeção em 2022, também pela CGU.
Era uma camada extra de validação na etapa de totalização dos votos. Já
havia muitas etapas de validação, mas percebemos que essa validação dos hashes
(resumos digitais) dos arquivos dos dados utilizados na totalização reforçava
aquela etapa – explicou.
O procedimento era parte do Ciclo de Transparência – Eleições de 2024,
que levou cerca de 35 horas de inspeção, entre a última segunda-feira (10) e
sexta (14).
Os técnicos do TSE abriram uma urna eletrônica para que a equipe da CGU
pudesse observar o hardware em detalhes e conhecer as peças internas do
equipamento e o seu sistema.
– Temos quatro processadores e nenhuma conexão online na urna – disse
Rafael Azevedo, coordenador de Tecnologia Eleitoral do TSE.
Além da controladoria, a Sociedade Brasileira de Computação (SBC), o
Senado e o partido União Brasil já enviaram especialistas para testar e
verificar as urnas para as eleições municipais deste ano. Não houve contestação
por parte de nenhum dos verificadores. Atualmente, o TSE tem 571.020 urnas
aptas a serem utilizadas em sessões de votação por todo o Brasil.
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