Neste sábado, 15, o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva se manifestou publicamente contra o Projeto de Lei (PL)
que equipara o ab*rto ao crime de homicídio mas defendeu que o tema é uma
"questão de saúde pública". A posição de Lula, amplamente divulgada em suas
redes sociais, destaca uma narrativa da esquerda, especialmente do PT e seus
partidos aliados, que se opõem ao endurecimento das penalidades para mulheres
que ab*rtam, enquanto silenciam sobre o aumento das penas para estupradores.
Em sua declaração no Twitter/X, Lula
reafirmou sua posição pessoal contra o ab*rto, mas enfatizou a necessidade de
abordar o tema como uma questão de saúde pública. "Eu, Luiz Inácio, sou contra
o aborto", disse. "Mas, como o ab*rto é uma realidade, precisamos tratar como uma
questão de saúde pública."
Lula criticou duramente o PL que
propõe penalidades para mulheres que ab*rtam após a 22ª semana de gestação. O
presidente classificou como "insanidade" a ideia de punir severamente mulheres
que ab*rtam, inclusive em casos de est*pro. "Acho uma insanidade querer punir
uma mulher vítima de est*pro com uma pena maior que um criminoso que comete o
est*pro", argumentou Lula. Ele defendeu que a legislação atual já prevê
tratamento rigoroso para est*pradores e respeito às vítimas, e que o novo PL
"desrespeita essa lógica".
Enquanto a narrativa da esquerda foca
nas críticas ao PL do Ab*rto, pouco se fala sobre outro projeto de lei que está
em tramitação na Câmara dos Deputados, que propõe aumentar as penas para
est*pradores. O autor do chamado PL do Ab*rto, deputado Sóstenes Cavalcante
(PL-RJ), propõe penas de até 30 anos de prisão para condenados por est*pro, uma
medida que visa aumentar a proteção das vítimas e punir mais severamente os
agressores.
Apesar da proposta de aumento de penas
para est*pradores, essa iniciativa tem recebido pouca atenção dos partidos de
esquerda e da mídia associada a esses grupos. A ênfase tem sido exclusivamente
na crítica ao PL do Ab*rto, sem considerar a proposta complementar que visa
endurecer as penalidades para os autores de violência s*xual.
A manifestação de Lula sobre o ab*rto
ocorre no contexto de sua viagem à Europa, onde se encontrou com o papa
Francisco, líder da Igreja Católica Apostólica Romana, que é contra qualquer
tipo de ab*rto.
A crítica de Lula e da esquerda ao PL
do Ab*rto, sob o argumento de que puniria severamente as mulheres que ab*rtam,
especialmente as vítimas de est*pro, ignora o fato de que a proposta
legislativa não foca nessas vítimas e sim em criar um marco mais rigoroso para
todas as formas de ab*rto após a 22ª semana de gestação.
A narrativa criada pela esquerda
brasileira contra o PL do Ab*rto, que equipara o ab*rto ao crime de homicídio,
revela uma preocupação legítima com a saúde e os direitos das mulheres. No
entanto, ao ignorar o projeto de lei que propõe aumentar as penas para
est*pradores, a esquerda perde a oportunidade de apresentar uma visão mais
abrangente e equilibrada sobre a proteção das vítimas de violência s*xual. O
debate sobre o ab*rto e as penas para est*pradores é complexo e exige uma
abordagem que considere todas as nuances e implicações das propostas
legislativas.
O posicionamento de Lula e da
esquerda em relação ao PL do Aborto expõe uma contradição evidente: ao focar
exclusivamente nas punições para mulheres que ab*rtam e ignorar a proposta de
aumentar as penas para estupradores, eles deixam de lado uma parte crucial da
discussão sobre a proteção das vítimas de violência s*xual. Uma abordagem
equilibrada e completa deve considerar ambas as questões, garantindo justiça e
proteção tanto para as mulheres quanto para as vítimas de crimes s*xuais.
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