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Foragido, presidente do solidariedade entra na lista vermelha da Interpol

Por Blog do Elias Hacker 14/06/2024 às 14:05:29

Eurípedes Gomes de Macedo Júnior, presidente do Solidariedade, estĂĄ foragido da Justiça desde a manhã desta quarta-feira (12) e teve o nome incluído na lista vermelha (ou difusão vermelha) de procurados da Interpol. Apontado pela Polícia Federal (PF) "como líder da organização criminosa", que desviou pelo menos R$ 36,1 milhões dos cofres do PROS – seu antigo partido -, ele deve ser denunciado nas próximas semanas.

As provas do inquérito da PF aberto em 2022 mostram que, em março daquele ano, quatro dias antes de ser destituído pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal do cargo de presidente do PROS – a legenda se fundiu ao Solidariedade -, Eurípedes Jr. fez um "desmonte" no parque grĂĄfico da legenda, em Planaltina (DF).

Alvo de uma das sete ordens de prisão da Operação Fundo Poço, deflagrada ontem, Eurípedes Jr., como é conhecido, foi quem ordenou a retirada dos bens de valor da grĂĄfica. Laudos confirmaram que o desmonte deu desfalque de R$ 15 milhões.

"Apurou-se que Eurípedes Gomes foi quem determinou tal desmonte. Segundo os elementos de prova trazidos pela PF, hĂĄ imagens realizadas no local e notícias publicadas em jornais de grande circulação, evidenciando caminhões retirando o maquinĂĄrio pertencente ao partido", registra o juiz titular da 1ÂȘ Zona Eleitoral do DF, Lizandro Garcia Gomes Filho.
O "desmonte" da grĂĄfica foi custeado também pelo cofre do partido, destacou a PF. "Inclusive, as despesas para a retirada dos bens foram custeadas pelo fundo partidĂĄrio, no valor de R$ 170 mil."

Operação Fundo do Poço, da PF, contra desvios em partido PROS. (Divulgação/ PF)


Descrição: Operação Fundo do Poço, da PF, contra desvios em partido PROS. (Divulgação/ PF)

Operação Fundo do Poço, da PF, contra desvios em partido PROS. (Divulgação/ PF)

As investigações da Operação Fundo do Poço começaram em 2022, após a destituição de Eurípedes e a queixa-crime feita pela nova direção partidĂĄria. A PF descobriu um lançamento de venda de equipamentos da grĂĄfica, no valor de R$ 401,5 mil.

"Porém, verificou-se uma nota fiscal, onde consta o valor de venda equivalente a R$ 868,5 mil", registra a PF. Os policiais federais, no entanto, foram atrĂĄs dos valores que Eurípedes levou e constatou que era muito mais. "Ocorre que a avaliação de tais equipamentos supera a ordem dos R$ 15 milhões."

Além das mĂĄquinas do parque grĂĄfico, "também foram retirados da sede do partido PROS cerca de dez veículos, um helicóptero, aparelhos de ar-condicionado, computadores, sistema de energia solar e diversos móveis, todos bens pertencentes ao partido".

A aeronave citada é do modelo Robinson Helicopter R66, em nome do PROS, avaliada em R$ 3,5 milhões, apreendida na operação.

Todo patrimônio da legenda é constituído pelo fundo partidĂĄrio. O atual presidente do Solidariedade e outras pessoas são acusados de apropriação indébita, por organização criminosa e apropriação indébita eleitoral.

Segundo as apurações, Eurípedes Gomes envolveu a família, amigos, vereadores, candidatos laranjas, advogados e funcionĂĄrios do partido no esquema de desvios de recursos e bens do cofre do PROS.

Além do desmonte da grĂĄfica, eles teria desviado recursos do PROS com pelo menos cinco candidaturas laranjas. A PF separou os alvos da organização criminosa investigada em quatro: núcleo central (núcleo duro), núcleo de laranjas, núcleo advogados e núcleo de candidaturas laranjas.

Para PF, Eurípedes "gere o partido político como um bem particular, auferindo enriquecimento ilícito pessoal e familiar por meio do desvio e apropriação dos recursos públicos destinados a atividade político-partidĂĄria".

A reportagem procura a defesa para manifestações, o espaço estĂĄ aberto. O Solidariedade informou que o caso antecede a fusão partidĂĄria.

Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br

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