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Mulher de 55 anos

Mulher de 55 anos Internada por insanidade recebe ordem de prisão pelo 8/1


A pedagoga Joanita de Almeida, de 55 anos, teve um mandado de prisão cumprido contra ela pela Polícia Federal (PF) na semana passada, por "receio de fuga", dentro do contexto do 8 de janeiro.

49 indivíduos foram retornados à prisão pelos agentes durante uma fase da ação Lesa Pátria, que é direcionada exclusivamente aos envolvidos no protesto.

A diligência, ao invés de ocorrer na casa de Joanita em Juiz de Fora (MG), foi realizada no Hospital Ana Nery, localizado na mesma cidade. Joanita está internada na seção psiquiátrica do hospital desde o dia 16 de maio, devido a um episódio psicótico. "Ela se pendurou na janela e tentou pular", relatou a filha Luanna Almeida, enfermeira, de 31 anos. "Por sorte, a rede de proteção não cedeu. Por isso, minha mãe foi encaminhada ao hospital de pronto atendimento e segue internada."

A juiz-forana, diagnosticada com insanidade mental por médicos enquanto estava na Colmeia, em Brasília, continua tratando sua condição desde que foi concedida a liberdade condicional em agosto do ano anterior.

Durante esse período, Luanna solicitou um processo de interdição para sua mãe, devido ao agravamento de sua "doença mental". Atualmente, a filha detém a curatela de Joanita, que se afastou de seu trabalho.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), estava ciente dos fatos, no entanto, Joanita se tornou o alvo do mandado executado na quinta-feira 6, o qual foi mantido apesar dos apelos para o seu cancelamento feitos pela defesa. A dona de casa também foi sentenciada a 16 anos de prisão, em 6 de fevereiro do ano corrente. Após a queda de bombas de efeito moral na Praça dos Três Poderes, ela buscou refúgio no Senado.

Conforme Moraes, Joanita vai ter de cumprir a prisão no hospital onde se encontra, até conseguir alta. Depois disso, será transferida a uma penitenciária. "Diante do exposto, determino que a prisão preventiva da ré deverá ser cumprida no estabelecimento em que estiver internada, até o surgimento da possibilidade de alta hospitalar, a qual deverá ser imediatamente informada a esta Suprema Corte pelo diretor do hospital onde se encontra internada a presa", determinou Moraes.

Juliana Medeiros, advogada de Joanita, mencionou a possibilidade de sua cliente ser inimputável, devido à sua insanidade, uma condição clínica sensível que se agravou durante sua prisão a partir de 8 de janeiro. "Se considerada inimputável, Joanita pode ser absolvida imprópria e submetida a medidas de segurança", observou Juliana. "Os relatórios e os prontuários médicos levantaram dúvidas razoáveis sobre sua integridade mental."

Quem é a presa do 8 de janeiro que tem insanidade mental?

Joanita, mãe de Luanna, também é avó de duas crianças, uma com 5 anos e a outra com 13. O neto mais novo escreve cartas para Joanita, que as recebe e lê no hospital. Luanna relembrou que "O comportamento dele ficou mais agitado e, às vezes, agressivo", lembrou Luanna. "Tudo isso desde que ela internou."

Já a garota está tendo problemas na escola. "Minha filha tem apresentado bastante alteração no rendimento escolar e alteração de ansiedade", contou Luanna. "Tivemos de levá-la ao médico, pois está com uma desidrose, por essa ansiedade e por ver a avó voltar para a prisão."

Joanita ocupava o cargo de presidente na Associação Assistencial Derlando Ferreira Fernandes, onde tinha a responsabilidade de gerir creches em Juiz de Fora. As informações são da Revista Oeste.

agoranoticiasbrasil.com.br

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