Em meio aos debates sobre soluções para a arrecadação federal, a
presidente do PT, Gleisi Hoffmann, enviou uma indireta ao ministro da Fazenda,
Fernando Haddad, nesta quarta-feira (12/6). Ela compartilhou um texto do
jornalista Leonardo Sakamoto que critica a proposta de limitar os gastos em
saúde, educação e benefícios previdenciários, defendida pela equipe de Haddad.
Sem mencionar diretamente o ministro da Fazenda, Gleisi chamou o texto
de "uma boa leitura". Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a Fazenda estuda
alterar as regras orçamentárias para saúde e educação, aproximando o
crescimento dessas despesas da lógica do arcabouço fiscal. O crescimento real
dos pisos seria limitado aos mesmos 2,5% previstos no arcabouço.
O grupo de Gleisi no PT é crítico das medidas de contenção de gastos,
incluindo a inclusão dos gastos com saúde e educação no arcabouço fiscal. A
presidente do PT já fez outras críticas públicas ao atual ministro da Fazenda,
como sua insistência em defender o "déficit zero" no resultado primário de
2024.
Essa iniciativa da Fazenda em relação aos pisos da saúde e educação é
mais um capítulo do imbróglio criado após a prorrogação da desoneração da folha
de pagamento para 17 setores da economia.
Haddad também enfrentou resistência no Congresso ao tentar compensar as
perdas da desoneração por meio de uma medida provisória que alterava as regras
de compensação de créditos do PIS/Confins. A MP foi devolvida pelo presidente
do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), após forte reação das duas
Casas Legislativas e críticas de setores afetados pela mudança tributária.
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