O presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva (PT) disse que o ministro das
Comunicações, Juscelino Filho (União-MA), "tem o direito de provar que é
inocente".
Juscelino Filho foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por participação
em suposto esquema de desvios de emendas parlamentares via Companhia de
Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
"Eu acho que o fato do cara ser indiciado não significa que o cara
cometeu um erro. Significa que alguém estĂĄ acusando, e que a acusação foi
aceita. Agora, eu preciso que as pessoas provem que são inocentes e ele tem o
direito de provar que é inocente. Eu não conversei com ele ainda, eu vou
conversar hoje [quinta-feira, 13] e vou tomar uma decisão sobre esse assunto",
afirmou Lula.
As declarações foram dadas em Genebra, na Suíça, local onde o presidente
vai participar do lançamento da Coalizão para Justiça Social da Organização
Internacional do Trabalho.
Na Suíça, Lula segue na noite desta quinta-feira para a região de
Puglia, na ItĂĄlia, para participar da reunião do G7 – o grupo dos países mais
desenvolvidos do mundo.
O ministro Juscelino é suspeito de ter cometido os crimes de corrupção
passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
As conclusões foram enviadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) na
terça-feira (11). O relator é o ministro FlĂĄvio Dino, ex-colega de Juscelino no
governo do presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva.
O documento serĂĄ encaminhado para a Procuradoria-Geral da República
(PGR) para que o procurador-geral decida se denuncia, arquiva ou solicita novas
diligĂȘncias à PF.
Em nota divulgada na quarta-feira (12), Juscelino afirmou que é inocente
e que a ação contra ele é "política e previsível".
"É importante lembrar que o indiciamento não implica em culpa. A Justiça
é a única instância competente para julgar, e confio plenamente na
imparcialidade do Poder JudiciĂĄrio. Minha inocĂȘncia serĂĄ comprovada ao final
desse processo, e espero que o amplo direito de defesa e a presunção de
inocĂȘncia sejam respeitados", diz o ministro no comunicado.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br/