A Wisley A de Sousa LTDA foi a grande vencedora do leilão para
importação de arroz promovido pelo governo federal. A empresa, uma
distribuidora de queijos localizada no Amapá, arrematou seis lotes para importar
quase 150 mil toneladas de arroz até setembro recebendo do um pagamento do
governo de R$ 736 milhões.
Surgiram então várias dúvidas de que a empresa terá mesmo condições de
realizar o trabalho contratado, ainda mais depois de que a imprensa descobriu de
que até o dia 24 de maio de 2024 a Wisley era uma empresa inscrita no MEI, com
capital social de R$ 80 mil. Dias antes do leilão, houve uma alteração nos
dados da empresa e ela passou a ter um capital social de R$ 5 milhões.
Em nota emitida pela assessoria de imprensa da Wisley, a empresa diz que
"grupos com interesses contrariados estejam tentando afetar sua imagem e
deturpar a realidade". O texto também diz que a importação "é essencial o país
encontrar formas de assegurar o abastecimento de arroz" e que está "disposta a
acelerar a importação de modo que o consumidor final não seja penalizado com
aumento que pode chegar de até 40% no preço do arroz aos brasileiros".
Outra empresa que venceu o leilão e se pronunciou foi a ASR Locação de
Veículos e Máquinas Ltda, localizada em Brasília (DF), que arrematou o terceiro
maior lote do leilão e receberá R$ 11 milhões do governo.
Ao portal Poder360, a empresa acusa o agronegócio de tentar boicotar o
leilão e então atacar as vencedoras.
– A crítica é porque somos pequenos, então por que as grandes não
entraram? Ora, porque o agronegócio está contra isso, eles boicotaram, não
entraram no leilão e pensaram que ele não seria realizado, mas foi – disse a
ASR, empresa que tem capital social de R$ 5 milhões.
E continuou:
– Somos iniciantes, mas tudo tem que ter a primeira vez. Somos pequenos,
mas não podemos ter o espírito pequeno.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br/