O custo da cesta básica aumentou em 11 das 17 capitais pesquisadas pelo
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em
maio. As elevações mais expressivas ocorreram em Porto Alegre (3,33%) e
Florianópolis (2,50%), enquanto a maior redução foi observada em Belo Horizonte
(-2,71%).
Mais uma vez, São Paulo foi a capital onde o conjunto de alimentos
básicos apresentou o maior custo (R$ 826,85), seguida por Porto Alegre (R$
801,45). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é
diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 579,55) e
Recife (R$ 618,47).
Segundo o levantamento, a alta no custo da cesta básica foi influenciada
pela elevação no preço da maioria dos produtos, como café, batata, leite integral,
arroz e tomate, que subiram em todas as capitais pesquisadas. O feijão foi o
único item que registrou queda no preço.
No geral, a comparação dos valores da cesta entre maio de 2023 e 2024
mostrou que quase todas as cidades tiveram alta de preço, exceto Goiânia
(-0,05%). Já nos quatro primeiros meses de 2024, o custo da cesta básica
aumentou em todas as cidades, com destaque para as variações do Nordeste: de
até 15,11%.
Cesta básica x salário mínimo
Quando comparado o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o
desconto de 7,5% da Previdência Social, verifica-se que o trabalhador
comprometeu, em média, 54,31% do rendimento para adquirir os produtos
alimentícios básicos. O número representa uma pequena redução em relação a maio
de 2023, quando o percentual ficou em 55,68%.
Com base na cesta mais cara, o Dieese estima que o salário mínimo
necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas em março deveria
ter sido de R$ 6.946,37 ou 4,92 vezes o mínimo de R$ 1.412. No mesmo período do
ano passado, quando o piso mínimo era de R$ 1.320, o valor necessário ficou em
R$ 6.652,09 ou 5,04 vezes o valor vigente na época.
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