A cúpula do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, tem demonstrado
internamente disposição para negociar apoio para a próxima legislatura. Com 95
deputados, a sigla reconhece seu potencial para influenciar as decisões na
Câmara.
Líderes do PL ainda insistem em manter um candidato próprio na disputa
para marcar posição, embora essa ideia tenha perdido força diante das investidas
dos candidatos à Presidência da Câmara. Na última semana, Elmar Nascimento
(BA), líder do União Brasil e aliado próximo de Arthur Lira, se reuniu com
Bolsonaro para discutir apoio. Fontes próximas ao ex-presidente afirmam que a
oferta incluiu a primeira vice-presidência.
Para líderes de oposição, a oferta chamou a atenção do PL, que pode
desistir de lançar um candidato próprio até mesmo no primeiro turno.
Anteriormente, Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, presidente do PL, mantiveram
conversas com outros candidatos, como Antonio Brito, do PSD, mais alinhado ao
governo, mas que goza de simpatia entre os parlamentares de oposição.
Marcos Pereira, presidente do Republicanos, também procurou Bolsonaro
para tentar superar resistências, apesar de ter tido seu nome vetado pelo
ex-presidente anteriormente.
A dificuldade dos candidatos será harmonizar a relação entre oposição e
governo. Nos bastidores, há quem sugira que Lula condicione o apoio do Planalto
ao isolamento do bolsonarismo.
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