A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manterá a bandeira
tarifária verde para o mês de junho. Com a medida, que contempla os consumidores
conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN), não haverá custo adicional
nas contas de luz para além do que é gasto em cada residência ou
estabelecimento.
O anúncio acontece em decorrência das condições favoráveis dos
reservatórios das usinas hidrelétricas, sobretudo devido ao período de chuvas
no início do ano. O cenário, segundo a Aneel, confirma as previsões favoráveis
de geração de energia, marcando 26 meses consecutivos do acionamento da
bandeira verde.
Apesar do alívio na conta de luz, a agência alerta para o uso
responsável da energia elétrica. "A orientação é para utilizar a energia de
forma consciente e evitar desperdícios que prejudicam o meio ambiente e afetam
a sustentabilidade do setor elétrico como um todo. A economia de energia é essencial
para a preservação dos recursos naturais."
Lançado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real
da energia gerada, especialmente quando as condições não são favoráveis, como
nos períodos de seca. As bandeiras de cores verde, amarela ou vermelha (nos
patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos em função das
condições de geração.
No caso da bandeira verde, as condições de geração são favoráveis e não
têm custo adicional. Na bandeira amarela, as condições são menos favoráveis e é
cobrada uma taxa extra de R$ 18,85 a cada MWh (megawatt-hora) utilizado. Já na
bandeira vermelha 1, é cobrada uma taxa de R$ 44,63/MWh, e na 2, R$ 78,77/MWh.
Em 2021, também foi criada a bandeira de escassez hídrica para cobrir
custos de geração, transmissão e distribuição de energia durante o período de
seca, quando é preciso acionar as termelétricas, que custam mais caro. Essa
bandeira vigorou até o começo de abril do mesmo ano, cobrando taxa de R$ 14,20
a cada 100 kWh consumidos.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br/