Meta-anĂĄlise publicada na edição online da revista científica Neurology aponta que variantes genéticas associadas a um tipo sanguíneo específico podem estar associadas ao risco de acidente vascular cerebral (AVC) precoce.
O experimento avaliou dados de 48 estudos genéticos que incluíram cerca de 17 mil pessoas com histórico de AVC, entre 18 e 59 anos.
As evidĂȘncias mostraram que entre os tipos sanguíneos mais familiares estão os denominados A e B, que podem estar presentes juntos como AB, individualmente como A ou B, ou ausentes, como O. Dentro de cada um desses existem variações sutis decorrentes de mutações nos genes responsĂĄveis.
Concluiu-se que uma variação do grupo A apresentou chance 16% maior de sofrer um derrame, enquanto para o grupo O o risco foi 12% menor. O grupo sanguíneo do tipo B também demonstrou uma porcentagem de risco; 11% de chances de ter um AVC quando comparados com o grupo de controle.
Apesar dos indicativos observados, os pesquisadores não sabem ao certo por que o tipo sanguíneo A confere um risco maior. Acreditam, no entanto, que possa ter a ver com fatores de coagulação do sangue, como plaquetas e células que revestem os vasos sanguíneos, bem como outras proteínas circulantes, que desempenham um papel no desenvolvimento de coĂĄgulos sanguíneos.
Estudos anteriores jĂĄ suspeitavam que um tipo sanguíneo A tĂȘm um risco ligeiramente maior de desenvolver coĂĄgulos sanguíneos nas pernas, conhecidos como trombose venosa profunda.
Novos estudos sobre o tema devem ser realizados para compreender como o AVC se desenvolve e que os resultados desta pesquisa podem nortear tratamentos preventivos para episódios precoces de derrame.
Fonte: Catraca Livre