Na terça-feira, 28 de maio, o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), admitiu que "não está tudo bem" no Executivo e expressou apoio a uma reforma ministerial, sem especificar quais pastas seriam afetadas.
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Guimarães afirmou: "Toda renovação é bem-vinda". Ele ressaltou que, embora o presidente seja responsável por encaminhar tais mudanças, é essencial evitar acomodação e a sensação de que tudo está bem. "Se estivesse tudo bem, Lula teria 80% de aceitação", ponderou.
O líder governista também destacou que, apesar de o governo ter realizado muitas entregas, a comunicação não soube apresentá-las adequadamente à população.
Guimarães mencionou ainda a oposição, que, segundo ele, construiu um "Estado à parte, fundado em fake news". Ele observou que o país está dividido, com 50% de apoio para cada lado.
Durante a conversa, Guimarães ressaltou a importância de o Partido dos Trabalhadores (PT) retornar às suas origens. Além disso, revelou que pode concorrer à presidência da sigla no próximo ano. No entanto, o favorito de Lula para esse cargo é o prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva, atualmente deputado federal Gleisi Hoffmann (PT-PR).
Horas após a entrevista, o governo sofreu derrotas no Parlamento. Não conseguiu manter o benefício da "saidinha" para presos, e o PT também não conseguiu derrubar o veto do ex-presidente Jair Bolsonaro relacionado às fake news.
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