Ministro estendeu anulação de provas do acordo de leniência da Odebrecht
A série de decisões contra a Operação Lava Jato emitidas pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), não se encerrou com a anulação de todos os atos praticados pela 13ª Vara Federal de Curitiba contra o executivo Marcelo Odebrecht e segue com força total. Na última sexta-feira (24), o magistrado emitiu mais três decisões com anulações de provas obtidas na ofensiva.
Toffoli declarou nulas as provas do acordo de leniência da Odebrecht contra Ulisses Sobral Calile, ex-executivo da Petrobras condenado na Lava Jato por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Além dele, o ministro também aplicou a mesma nulidade em favor de Demetrio Papadimitriu Bagatelas, panamenho que responde a um processo em seu país com base no material da empreiteira.
No caso do panamenho, Toffoli também proibiu que as provas decorrentes dos acordos de leniência da construtora sejam utilizadas em atos de cooperação do Brasil com o Panamá que possam embasar processos contra Demetrio em seu país.
Na mesma data, o ministro ainda anulou todos os atos praticados por procuradores da Lava Jato e pelo ex-juiz Sergio Moro contra o advogado Tulio Bandeira, investigado no âmbito da Operação Rádio Patrulha. Bandeira foi beneficiado pela extensão de uma decisão de Toffoli que anulou provas contra o deputado federal Beto Richa (PSDB-PR).
Por: Pleno News