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Educação

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Universidades e institutos federais decidem manter greve

Por Blog do Elias Hacker 25/05/2024 às 07:08:22

As universidades e institutos federais de ensino superior (Ifes) irão continuar em greve. As entidades coordenadoras da paralisação disseram que não pretendem assinar o acordo anunciado na Ășltima segunda-feira (20), pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços PĂșblicos. Em entrevista coletiva, na manhã desta sexta-feira (24), as entidades cobraram a continuidade das negociações.

Na Ășltima quarta-feira (22), o ministério encaminhou comunicado às entidades informando que estavam encerradas as negociações com os professores das universidades e institutos federais. Segundo o texto, o encontro marcado para a próxima segunda (27) tem como objetivo a assinatura de um termo de acordo, "não restando, portanto, margem para recepção de novas contrapropostas".

O presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) Gustavo Seferian, disse que o comunicado demonstra a intransigĂȘncia do governo, ao decretar de forma unilateral o fim das negociações.

– Repudiamos a interrupção unilateral do processo democrĂĄtico de negociação pelo governo federal. Queremos seguir conversando com o governo federal e entendemos que hĂĄ, sim, espaço no orçamento deste ano para comportar, não só as demandas remuneratórias, mas sobretudo a recomposição de investimentos nas instituições federais de ensino superior.

A greve dos professores e dos técnicos administrativos das instituições federais de ensino superior e colégios federais começou em 15 de abril. Segundo balanço do Andes, assembleias realizadas até o dia de hoje nas instituições de ensino indicam a continuidade da greve em 59 universidades e mais de 560 colégios federais.

Pela proposta do governo, apresentada em maio, os professores de universidades e colégios federais teriam aumento de 13,3% a 31% até 2026. Os reajustes, entretanto, só começariam a ser aplicados em 2025.

Os Ă­ndices de reajuste deixarão de ser unificados e variarão com base na categoria. Os que ganham mais terão o aumento mĂ­nimo de 13,3%. Quem recebe menos ganharĂĄ o reajuste mĂĄximo de 31%. Com o reajuste linear de 9% concedido ao funcionalismo federal em 2023, o aumento total ficarĂĄ entre 23% e 43% no acumulado de quatro anos, informou o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços PĂșblicos.

Um dos questionamentos da categoria é que a proposta não prevĂȘ nenhum reajuste este ano.

– Nesse momento, temos mais de 30 assembleias, jĂĄ concluĂ­das e em curso, que vĂȘm sinalizando rechaço à proposta do governo federal. A greve não só continua, mas segue mais forte do que nunca – afirmou Seferian.

Segundo o comando de greve, hĂĄ espaço no orçamento para atender às demandas da categoria, a partir do desbloqueio de R$ 2,9 bilhões no relatório orçamentĂĄrio, informado pelo governo na Ășltima quarta. De acordo com os lĂ­deres do movimento, o recurso deve ser voltado para recompor as perdas salariais dos Ășltimos anos.

MINISTÉRIO
Em nota, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços PĂșblicos diz que o ganho acumulado dos docentes nos quatro anos serĂĄ de 28% a 43%, dependendo da categoria, classe e titulação, considerando o reajuste de 9% concedido em 2023, que incide na folha deste ano. Segundo a pasta, neste ano, todos os servidores receberão auxĂ­lio-alimentação de R$ 1 mil – um aumento de mais de 150% em relação ao governo anterior.

– Após cinco rodadas de negociação com as entidades representativas dos servidores da educação, o governo informou que essas eram as propostas finais, apresentadas em reunião de negociação especĂ­ficas com os docentes (em 15 de maio) e técnicos administrativos em educação (em 21 de maio) – diz a nota.


Fonte: *AgĂȘncia Brasil

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