Professores da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR) aprovaram, nesta quinta-feira (23), greve por tempo indeterminado, a partir de 3 de junho. Com isso, os docentes se juntam aos servidores técnico-administrativos que jĂĄ estavam em greve desde março.
A decisão da paralisação foi tomada após uma votação durante assembleia realizada no auditório da instituição. Foram 86 votos a favor, 28 votos contra e trĂȘs abstenções.
Segundo a presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (ADUFMAT), Ivanete Rodrigues, a categoria reivindica:
"A universidade hoje passa por uma grande dificuldade em relação ao orçamento, não tem dinheiro para garantir o funcionamento e também a permanĂȘncia dos estudantes, que tiveram corte nos recursos destinados à assistĂȘncia estudantil", diz.
Na sexta-feira (17), professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) também aprovaram greve por tempo indeterminado. A paralisação teve início 72h após aprovação e é vĂĄlida nos câmpus de CuiabĂĄ, VĂĄrzea Grande, Sinop e Barra do Garças.
Os Ministérios da Educação (MEC) e da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) informaram apresentaram uma nova proposta para os docentes de institutos e universidades federais. Os aumentos de salĂĄrio vão de 23% a 43% até 2026, considerando o reajuste de 9% jĂĄ garantido em 2023 pelo governo Lula, depois de seis anos sem reajuste.
Dessa forma, o salĂĄrio inicial de um docente passaria de R$ 9.916 (salĂĄrio em abril de 2023) para R$ 13.753. JĂĄ o salĂĄrio para professor titular, no topo da carreira, iria de R$ 20.530 (abril de 2023) para R$ 26.326.
"A proposta apresentada prevĂȘ pagamento do reajuste em duas parcelas: janeiro de 2025 e maio de 2026. PrevĂȘ, ainda, uma reestruturação de classes e padrões da carreira docente, com destaque para a aglutinação das classes iniciais. Isso vai garantir reajuste maior na entrada e maior atratividade. Os steps de progressão passariam de 4% para 4,5% em 2025; e para 5% em 2026. O padrão C1 passa de 5,5% para 6%. O controle de ponto e frequĂȘncia seria padronizado entre professores do magistério superior e professores do ensino bĂĄsico, técnico e tecnológico (EBTT)", diz.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br