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ONG diz que no governo Lula o Brasil avançou na liberdade de expressão

Por Blog do Elias Hacker 23/05/2024 às 18:04:09

Avanços no Monitoramento Governamental da Internet, TransparĂȘncia e Liberdade de Expressão Política
Uma pesquisa conduzida pelo Instituto ParanĂĄ Pesquisas sobre "liberdade de expressão" revelou, no início de maio, que 61% dos brasileiros temem ser punidos por expressar ou escrever suas opiniões. Este dado corrobora o relatório de 541 pĂĄginas do ComitĂȘ JudiciĂĄrio da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, que em abril divulgou ordens de censura impostas no Brasil pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com o relatório dos Estados Unidos, no mínimo 300 contas de brasileiros no Twitter/X, incluindo a do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foram alvo de perseguição.

Embora as ações judiciĂĄrias contra cidadãos comuns, jornalistas, políticos e até o proprietĂĄrio do Twitter, Elon Musk — que entrou em conflito com Moraes sobre a censura —, tenham gerado repercussão internacional, a ONG Artigo 19, sediada na Inglaterra, assegura que o Brasil estĂĄ mais livre agora.

Segundo o Global Expression Report 2024, publicado pela organização no começo da semana, o Brasil "avançou" em termos de liberdade de expressão durante o governo de Lula (PT).

De acordo com o coletivo, a 35ÂȘ posição no ranking mundial de liberdade foi alcançada pela nação, marcando 81 pontos. A pesquisa inclui informações de 2023 de 161 países, divididos em cinco categorias: aberto, menos restrito, restrito, altamente restrito ou em crise. O Brasil teria migrado do status de "restrito" para "aberto".

De acordo com o Global Expression Report 2024, o Brasil, agora sob liderança lulopetista após o governo Bolsonaro, atingiu "o maior progresso global em liberdade de expressão". A troca de governo teria promovido ainda uma "normalização institucional significativa".

O progresso do país também seria notado em aspectos como a participação de "organizações civis", a liberdade para publicar "conteúdo político", a supervisão da internet pelo governo, a transparĂȘncia das "leis" e sua implementação, a "violĂȘncia política", além das liberdades "acadĂȘmica" e "religiosa".

A última parte da avaliação contradiz o estudo do Instituto ParanĂĄ, que afirma que, levando em conta a religião, os evangélicos tĂȘm a maior sensação de falta de liberdade de expressão no país: 64,5% acreditam que podem ser punidos por expressar ou escrever seus pensamentos. JĂĄ entre os católicos, o percentual é de 61%.

O que diz a Câmara de Representantes dos Estados Unidos
Em 541 pĂĄginas, o relatório dos legisladores dos EUA detalhou como a censura no Brasil tem aumentado desde 2019. Este aumento começou quando o ministro Dias Toffoli deu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o poder para iniciar investigações. De acordo com os juristas, esta ação é contrĂĄria à Constituição.

"Com este novo e extraordinĂĄrio poder, Alexandre de Moraes atacou impunemente os críticos da direita e da esquerda", resumiu o ComitĂȘ da Câmara dos EUA. "O ministro supostamente ordenou a plataformas de mídia social que removessem postagens e contas mesmo quando muito do conteúdo não violava as regras das empresas e muitas vezes sem dar uma razão."

Entre as decisões do ministro citadas pelos parlamentares, estão a ordem de busca e apreensão nas residĂȘncias de oito empresĂĄrios brasileiros em julho de 2019, o congelamento de suas contas bancĂĄrias e a suspensão de seus perfis nas redes sociais. Eles também mencionam a decisão que resultou na censura de uma matéria da Revista Crusoé sobre Toffoli.

Para enfatizar sua repulsa em relação a tais mandatos, o ComitĂȘ da Câmara dos EUA citou uma declaração do ministro aposentado Marco Aurélio Mello. "Estou na Corte hĂĄ 28 anos e nunca vi uma decisão como esta, de retirar um artigo", afirmou o magistrado. "Isso é retrocesso."

Fonte: As informações são da Revista Oeste.

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