O julgamento que pode levar à cassação do governador do Rio de Janeiro,
Cláudio Castro (PL), será retomado pelo Tribunal Regional Eleitoral do estado
(TRE-RJ) nesta quinta (23), a partir das 15h.
Na primeira sessão, na última sexta (17), o desembargador Peterson
Barroso Simão, relator de dois pedidos julgados em conjunto, votou pela perda
de mandato de Castro, do vice-governador, Thiago Pampolha (MDB), e do
presidente da Assembleia Legislativa do Estado do RJ (Alerj), Rodrigo Bacellar
(União Brasil). Simão também votou pela inelegibilidade de Castro e Bacellar
por oito anos.
Os políticos são investigados por abuso de poder econômico, político, de
autoridade e utilização indevida dos meios de comunicação. Eles são acusados de
desvios na Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de
Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj) e na Universidade Estadual do
Rio de Janeiro (Uerj) em 2022, ano de eleição.
Outras dez pessoas são investigadas:
· Deputado federal Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ);
· Deputado federal Max Lemos (PDT-RJ);
· Deputado estadual Leonardo Vieira Mendes (Republicanos);
· Gutemberg de Paula Fonseca, suplente de deputado federal;
· Marcus Venissius da Silva Barbosa, suplente de deputado federal;
· Bernardo Chim Rossi, suplente de deputado estadual e secretário estadual
de Ambiente e Sustentabilidade;
· Danielle Christian Ribeiro Barros, secretária estadual de Cultura e
Economia Criativa;
· Allan Borges Nogueira, ex-subsecretário de Habitação da Secretaria
Estadual de Infraestrutura;
· Patrique Welber Atela de Faria, ex-secretário estadual de Trabalho e
Renda;
· Gabriel Rodrigues Lopes, ex-presidente da Fundação Ceperj.
Após voto do relator, desembargador Marcello Granado pediu vista (mais
tempo para análise), suspendendo a sessão. O julgamento será retomado hoje com
posicionamento do magistrado.
Após Granado, votam: Daniela Bandeira de Freitas, Gerardo Carnevale Ney
da Silva, Fernando Marques de Campos Cabral Filho, Kátia Valverde Junqueira —
todos desembargadores e desembargadoras eleitorais — e, por último, o
presidente do TRE-RJ, desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira.
Qualquer que seja o resultado do julgamento, cabe recurso da
decisão ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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