Deltan Dallagnol, ex-deputado federal
pelo Novo-PR, expressou críticas à decisão tomada pelo ministro Dias Toffoli,
do Supremo Tribunal Federal (STF). Na terça-feira, 21 de maio, Toffoli anulou
todos os atos da Operação Lava Jato que foram "praticados em desfavor" de
Marcelo Odebrecht.
"A corrupção venceu e quem a colocou no
pódio foi o STF", publicou Deltan no X.
Ele também recordou que Toffoli foi
mencionado durante o acordo de delação premiada de Marcelo Odebrecht, que ainda
se mantém válido.
Ainda em sua publicação nesta terça,
Deltan afirmou que Toffoli é "um dos maiores corruptos confessos da história do
Brasil, que entregou provas e informações sobre crimes cometidos por
autoridades de todos os escalões da República foi blindado pelo ministro que
ele mesmo citou em sua delação".
Toffoli apaga
Lava Jato para Marcelo Odebrecht
Nesta terça-feira, 21 de maio, o
Ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), invalidou todas as
investigações e processos da Operação Lava Jato que foram "praticados em
desfavor" de Marcelo Odebrecht.
A informação é da Folha de S. Paulo.
"Em face do exposto, defiro o pedido
constante desta petição e declaro a nulidade absoluta de todos os atos
praticados em desfavor do requerente no âmbito dos procedimentos vinculados à
Operação Lava Jato, pelos integrantes da referida operação e pelo ex-juiz
Sérgio Moro no desempenho de suas atividades perante o Juízo da 13ª Vara
Federal de Curitiba, ainda que na fase pré-processual, determinando, em
consequência, o trancamento das persecuções penais instauradas em desfavor do
requerente no que atine à mencionada operação", afirma Toffoli em sua decisão.
O ministro apenas manteve válida a
delação de Marcelo Odebrecht.
"Por fim, ressalto que a declaração de
nulidade dos atos praticados na 13ª Vara Federal de Curitiba não implica a
nulidade do acordo de colaboração firmado pelo requerente —revisto nesta
Suprema Corte—, que sequer é objeto da presente demanda", diz o despacho.
No ano de 2016, Marcelo Odebrecht foi
condenado a 19 anos e 4 meses de prisão pelo então juiz da 13ª Vara Federal de
Curitiba, Sergio Moro.
Após um acordo de "delação premiada", a
pena foi reduzida para sete anos e já foi cumprida.
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