Nas últimas semanas, a população do Rio Grande do Sul foi assolada com
as fortes chuvas e enchentes que atingem grande parte do estado. Além de toda a
destruição, as vítimas lidam também com crimes. Desde o início da tragédia, 112
pessoas foram presas, sendo 43 por de furto e o restante por saques, posse
ilegal de armas e tráfico de drogas. A polícia trata como "oportunistas de
enchentes" os criminosos que se aproveitam da situação de calamidade para
prejudicar a população.
A comerciante Marinez Silva, moradora de Arroio do Meio, às margens do
Rio Taquari, conta, em um vídeo publicado nas redes sociais, que teve quatro
lojas invadidas pela água. Ela calcula um prejuízo de R$ 2 milhões em furtos
apenas em uma das filiais.
Veja:
"São 20 mil itens levados, é uma loja de 7 mil metros quadrados. Dá para
ter uma dimensão do quão grande é e do tanto de coisa que tinha. São 17 anos
deixando de aproveitar, viajar, sempre pensando na loja. Não deixaram nada,
pelo menos 400 pessoas passaram pegando coisas. Muitos que roubaram são
clientes, rostos conhecidos. São pessoas que frequentavam a loja", diz a
empresária.
Marinez reclama que não recebeu ajuda de autoridades locais, que afirmam estar
sobrecarregadas e sem estrutura para prestar apoio.
"Não tem ninguém para ajudar, para orientar, para resolver. Estamos
perdidos. Os boletos chegam, temos funcionários para pagar. Quando eu chego lá
e me deparo com a loja toda vazia, é a mesma sensação de quando se perde
alguém", desabafa.
Segundo dados de autoridades oficiais do Rio Grande do Sul, são 27,7 mil
policiais e bombeiros espalhados pelo estado.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br/