A Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC) começou o dia com suas entradas bloqueadas por
barricadas nesta quinta-feira (16), reflexo direto de uma greve geral motivada
pela insatisfação com a falta de investimentos na educação pelo governo Lula
(PT).
Os grevistas
organizaram barricadas utilizando móveis e pedaços de madeira, além de faixas,
efetivamente impedindo o acesso ao campus da capital catarinense.
Professores, técnicos
administrativos e estudantes, unidos, deflagraram a paralisação após uma
assembleia realizada na noite de quarta-feira (15), por conta da ampla
discordância dos diferentes setores da comunidade acadêmica com as políticas
atuais.
Conforme relatos de
quem está no local, as duas entradas da universidade foram bloqueadas pelas
barricadas, e pixações foram identificadas.
O movimento é
coordenado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação das Instituições
Públicas de Ensino Superior do Estado de Santa Catarina (SINTUFSC), pelo
Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina
(Apufsc-Sindical) e pelo Diretório Central dos Estudantes Luís Travassos (DCE).
Entre as críticas
direcionadas ao Governo, destaca-se o descontentamento com a alocação de
recursos. "Tem dinheiro para emenda de bolsonaristas, para reajuste da
polícia, mas não tem para educação", afirmou um dos grevistas nas redes
sociais.
Outro professor, em
tom crítico, também declarou nas redes sociais: "O governo garantiu
dinheiro para a militar, para o judiciário, para a igreja, para o fundo
eleitoral, para a base, que inclusive saiu às ruas para fazer campanha para as
eleições, para lutar contra o fascismo, porque nós da universidade temos muito
a ver com isso. Sim, aí ele fecha as portas para a gente novamente".
Nas redes sociais, o "Portal Desacato", de esquerda, comentou a greve: "Com forte adesão de trabalhadores técnico-administrativos, não dá pra continuar a rotina na Universidade com as estruturas comprometidas, caindo aos pedaços, salários defasados e número cada vez menor de trabalhadores".
A greve teve início
entre os professores no dia 7 de maio, após uma votação eletrônica que contou
com a participação de 1.250 pessoas, resultando em 637 votos favoráveis à
paralisação. A universidade ainda não emitiu um comunicado oficial, mas a Reitoria
já foi notificada sobre o início da greve e espera estabelecer um diálogo com
as entidades representativas para discutir as reivindicações.
Fonte: Jornal Razão