O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro (PL-SP),
encontrou-se nesta quarta-feira com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski,
para discutir uma investigação aberta a pedido do governo Lula sobre a
disseminação de notícias falsas relacionadas às enchentes no Rio Grande do Sul.
Além de Eduardo Bolsonaro, também participaram da reunião a deputada Caroline
De Toni (PL-SC), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da
Câmara, e Paulo Bilynskyj (PL-SP).
Durante a audiência, o filho do ex-presidente expressou sua insatisfação
com o encaminhamento à Polícia Federal do pedido de investigação sobre as
supostas notícias falsas. O encontro foi iniciativa dos parlamentares
bolsonaristas, que buscavam convocar Lewandowski para uma sessão na CCJ.
Eduardo Bolsonaro afirmou em uma rede social que, durante a reunião,
destacou que nenhum parlamentar foi investigado a pedido de um ministro ou do
presidente durante o governo Bolsonaro, e que essa situação não contribui para
a relação democrática entre o governo e o Congresso.
O parlamentar saiu da audiência convencido de que o pedido de
investigação partiu de Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social, e
não de Lewandowski. Ele acrescentou que, apesar de discordar da política de
segurança pública do Ministério da Justiça, consegue distinguir as condutas de
Lewandowski das de Paulo Pimenta.
Uma das postagens investigadas pela PF foi uma crítica de Eduardo
Bolsonaro à ajuda do governo federal ao Rio Grande do Sul, sugerindo que a
administração federal demorou quatro dias para enviar reforços à região.
O documento elaborado por Paulo Pimenta argumenta que essas narrativas
prejudicam a credibilidade das instituições, como Exército, Força Aérea Brasileira
(FAB), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Ministérios, que desempenham um papel
crucial na resposta a emergências. Ele ainda destaca que a propagação de
falsidades pode minar a confiança da população na capacidade de resposta do
Estado em momentos de crise.
O ofício não especifica quais punições devem ser aplicadas, mas solicita
providências do Ministério da Justiça para investigar os ilícitos relacionados
à disseminação de desinformação e para fortalecer a credibilidade e a
capacidade operacional das instituições em situações de crise.
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