O governador Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, declarou que os cálculos iniciais de seu governo apontam para um montante de R$ 19 bilhões como o valor necessário para a reconstrução do estado após as inundações que o atingiram.
Ainda hoje, quinta-feira (9/5), segundo Leite, o governo gaúcho apresentará detalhes sobre as ações planejadas que abordarão as necessidades do estado.
"Recursos são essenciais para diversas áreas. Insisto: o impacto das enchentes e a extensão da tragédia são devastadores", afirmou Leite.
A Defesa Civil do RS informou hoje que o número total de mortes subiu para 107, e 425 municípios estão sofrendo com as chuvas. No total, 1,4 milhão de pessoas foram afetadas pelas inundações, e 164 mil permanecem desalojadas. As chuvas devem continuar até o final de semana.
Na semana passada, o estado de calamidade foi declarado. De acordo com o boletim divulgado hoje, 136 pessoas ainda estão desaparecidas e 67 mil estão em abrigos. O estado permanece em alerta para evacuações.
O nível do Guaíba, que inundou Porto Alegre, voltou a subir hoje, após um dia de queda.
O rio atingiu 5,35 metros, o maior nível da história, no domingo, e caiu para 5 metros na quarta-feira. Com as chuvas durante a noite e a madrugada, as águas voltaram a subir para 5,04 metros, conforme medição da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, no Cais Mauá, às 6h15min desta quinta-feira.
Na tarde de quarta-feira, o norte do Rio Grande do Sul enfrentou temporais acompanhados de rajadas de vento. Do centro para o sul do estado, o tempo ficou frio e seco, com a entrada de um sistema de alta pressão atmosférica. A previsão para o estado hoje é de temperaturas mínimas variando de 4°C a 8°C nas áreas mais frias.
Mais chuvas estão previstas para sexta-feira (10/5) e durante todo o fim de semana, com tempestades mais intensas atingindo o centro-norte e o leste do Rio Grande do Sul, incluindo o litoral norte do estado e o sul de Santa Catarina.
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