Na tarde desta quarta-feira (8), uma senhora de 60 anos faleceu devido a
um mal súbito em uma agência bancária localizada no calçadão de Bangu, na Zona
Oeste do Rio. O incidente ocorreu na mesma instituição financeira onde, no dia
16 de abril, o corpo do idoso Paulo Roberto foi levado pela sua sobrinha, Érika
Vieira, numa tentativa de obter um empréstimo de R$ 17 mil.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, militares da estação de Campo Grande
foram chamados por volta das 13h para retirar o corpo de Maria de Santana após
ela sofrer um mal súbito. A vítima se encontrava na agência do Itaú localizada
no calçadão de Bangu, na Avenida Cônego Vasconcelos, número 65A.
Caso "Tio Paulo"
Érika Souza Vieira Nunes levou o "Tio Paulo" para uma agência localizada
na Avenida Cônego de Vasconcelos com a finalidade de sacar aproximadamente R$
17 mil de um empréstimo feito em seu nome. Naquele momento, ela adentrou a
agência com o idoso numa cadeira de rodas e, ao se dirigir ao guichê, solicitou
que ele assinasse um documento que autorizava a coleta do dinheiro.
Contudo, fotografias revelam que Paulo não apresentava reação alguma,
instante em que os funcionários do banco desconfiaram e acionaram o Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que confirmou a morte. Logo após, a
polícia foi chamada e Érika foi detida em flagrante.
Sobre a visita ao banco, Érica explicou que foi o seu próprio tio que
lhe solicitou para ir ao local. "Ele me pediu pra ir, não achei ele muito
fraco. Dentro do carro estava tudo bem, não aconteceu nada. Eu segurava a
cabeça dele porque antes eu perguntei se estava melhor apoiando e ele disse que
sim", disse.
No dia 30 de abril, Érika foi acusada pelo Ministério Público do Rio de
Janeiro (MPRJ) por tentativa de estelionato e vilipêndio de cadáver. Segundo os
promotores, apesar do empréstimo ter sido assinado pelo idoso enquanto ainda
estava vivo, a retirada de quase R$ 18 mil já não era mais possível, pois a
vítima havia falecido quando Érika foi pega em flagrante no banco. De acordo
com o MPRJ, a mulher, através da fraude, tentou obter valores que já não seriam
mais aplicados em favor de seu tio, o que resultaria em prejuízo para o banco
que forneceu o empréstimo.
Na passada quinta-feira (2), a mulher foi declarada ré pela justiça
pelos delitos, no entanto, foi permitida a sua libertação para cumprir a pena
em prisão domiciliar.
Reposta do banco
Segue abaixo: O Itaú Unibanco lamenta profundamente o ocorrido e presta
sua solidariedade à família. A cliente teve um mal súbito na entrada da
agência, então todos os protocolos de emergência foram imediatamente acionados,
incluindo socorro médico. Em respeito à vítima, clientes e colaboradores, a
unidade permanecerá fechada. Os funcionários foram acolhidos e receberão todo apoio
psicológico necessário. Os clientes que precisarem de atendimento presencial
devem procurar a unidade próxima, agência 8486 (Av. Cônego Vasconcelos) ou
acessar os canais digitais do Itaú.
Fonte: As informações são do Jornal ODia.