O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), alertou em um
pronunciamento nesta terça-feira (5) que moradores de regiões afetadas pelas
chuvas no estado não devem voltar a suas casas nos próximos dias.
Segundo ele, a situação climática "deve se agravar" entre sexta (11) e
domingo (13), com a perspectiva de chuvas fortes.
Até o momento, são 95 mortos e 131 desaparecidos nos 401 municípios
afetados pela tragédia climática. Diante da situação, a Câmara dos Deputados
reconheceu estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul, facilitando o
repasse de emendas e recursos da União.
Eduardo Leite afirmou que um "esforço orçamentário enorme" será
necessário para ajudar as vítimas das inundações e, depois, reconstruir as
regiões mais afetadas. "Há necessidade de suspender pagamentos de dívidas e
construir um fundo que priorize o Rio Grande do Sul. Nós pedimos isso à União",
disse o tucano.
Ele declarou ter esperanças de que o estado se recupere dessa tragédia:
"Como há sensibilidade nacional pelo que aconteceu e manifestações firmes de
apoio, acredito que é possível trabalhar nessa direção".
Doações para os afetados
Desde que as primeiras vítimas das chuvas foram confirmadas pela Defesa Civil
do estado, entidades da sociedade civil, figuras públicas e empresas reagiram
com arrecadações de recursos para enviar ao Rio Grande do Sul. O SBT News
preparou uma lista com as principais campanhas e as informações sobre como
colaborar.
O próprio governo estadual anunciou o "SOS Rio Grande do Sul", que
arrecada fundos por meio de uma chave PIX. Segundo Leite, esses recursos "não
são para o governo, mas para a associação dos bancos do Rio Grande do Sul, uma
entidade privada".
"Esses recursos são geridos com a
participação de entidades sociais para atender as pessoas que foram atingidas",
afirmou o governador.
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