Comunista perseguiu homossexuais durante a Revolução Cubana
O show controverso da cantora Madonna na Praia de Copacabana no final de semana passado, que atraiu uma grande audiência LGBT, prestou homenagem a vários ídolos da esquerda. Entre eles estava o revolucionário comunista Che Guevara, que é conhecido por ter perseguido homossexuais durante a Revolução Cubana.
A honraria ao guerrilheiro, parceiro do tirano Fidel Castro, recebeu uma enxurrada de críticas nas redes sociais.
Che Guevara, além de ser um guerrilheiro, era um teórico marxista que criou e propagou a ideia de um "homem novo", de acordo com um artigo publicado pelo HuffPost, uma publicação americana. Ele sustentava que "o indivíduo sob o socialismo [ ] é mais completo" e que o Estado deveria educar homens e mulheres em valores anticapitalistas, cooperativos, altruístas, e não materialistas".
Quem desviava do conceito de "homem novo" era rotulado como "contrarrevolucionário" — essa foi a situação dos homossexuais, que Guevara chamava de "pervertidos sexuais".
Ele e Fidel Castro viam a homossexualidade como um sinal de decadência burguesa. Durante uma entrevista em 1965, o ditador expressou que "um desvio dessa natureza entra em conflito com o conceito que temos do que deveria ser um comunista militante".
Campos de concentração
Na década de 1960, Che Guevara contribuiu para a criação do primeiro campo de concentração cubano em Guanahacabibes.
De fato, o governo local adaptou o lema de Auschwitz dos nazistas, "O trabalho liberta", e o alterou para "O trabalho fará de vocês homens".
De acordo com o escritor e jornalista Álvaro Vargas Llosa, pessoas homossexuais, Testemunhas de Jeová, sacerdotes afro-cubanos e outros que, aos olhos da liderança, fossem considerados culpados de crimes contra a moral revolucionária, foram forçados a trabalhar em campos para corrigir seu "comportamento antissocial". Muitos perderam suas vidas, enquanto outros foram submetidos a torturas e violações sexuais.
Guevara também manifestou visões racistas. Ele descreveu os negros em seu diário como "aqueles exemplos magníficos da raça africana, que mantiveram a sua pureza racial graças à falta de afinidade com o banho".
Ele também sustentava a visão de que os brancos europeus eram superiores aos negros e retratou os mexicanos como "um bando de índios analfabetos".
Madonna homenageou no seu show não apenas Che Guevara, mas também outros ídolos da esquerda como Gilberto Gil, Cazuza, Renato Russo e Marielle Franco.
Fonte: As informações são da Revista Oeste.