O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o
pedido de prisão domiciliar feito pela defesa de Monique Medeiros – presa pela
morte do próprio filho, Henry Borel, em março de 2021. A solicitação está sendo
analisada pela Segunda Turma da Casa, que terá até a próxima segunda-feira (6)
para concluir o caso.
No pedido, a defesa alegou que Monique estaria sofrendo ameaças na
prisão, o que teria causado danos psicológicos à cliente. A Secretaria de
Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap), no entanto, informou que
Monique está em uma cela separada e que realiza atividades como banho de sol em
horário diferente de outras detentas.
Ao defender a prisão preventiva de Monique, Gilmar Mendes enfatizou que
a jurisprudência do STF é no sentido "da possibilidade de decretação preventiva
em casos de crimes extremamente graves, praticados com violência, a denotar a
periculosidade concreta dos agentes envolvidos". No voto, o ministro também
pediu celeridade no julgamento da ação penal no Tribunal de Justiça do Rio,
onde Monique passará por júri popular.
Até o momento, o placar do julgamento está 1 x 0 pela negativa do
recurso apresentado pela defesa. Ainda faltam votar os ministros Dias Toffoli,
Edson Fachin, Nunes Marques e André Mendonça.
Relembre o caso
Henry Borel, de quatro anos, foi morto no apartamento onde morava com a mãe,
Monique, e o então padrasto, Dr. Jairinho, na zona oeste do Rio. O laudo da
necropsia indicou que o menino teve hemorragia interna por laceração hepática
no fígado, causada por uma agressões violentas e tortura. Ao todo, foram
apontadas 23 lesões.
Monique é acusada de homicídio triplamente qualificado, tortura, fraude
processual e coação no curso do processo. Ela foi denunciada também pelo crime
de falsidade ideológica, já que prestou declaração falsa no hospital para onde
levou Henry, que chegou ao local sem vida. Jairinho também foi acusado pela
morte do menino.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br/