As diretrizes do Exército para o uso das redes sociais têm gerado bastante
controvérsia desde que foram publicadas na Revista Sociedade Militar. Desde o
início de 2023, a instituição tem enfrentado uma enxurrada de mensagens questionando
suas ações, especialmente no contexto político. Sob o comando do General Tomás
Miguel Miné, as redes sociais do Exército chegaram a ser temporariamente
fechadas para comentários durante o início do governo Lula. As informações são
da Revista Sociedade Militar.
Na última quinta-feira, 25 de abril de 2024, uma publicação da Escola
Preparatória de Cadetes no Instagram, que possui mais de 6 milhões de
seguidores, foi inundada com centenas de mensagens depreciativas direcionadas à
instituição e aos militares. Esse tipo de crítica é comum em muitos posts do
Exército, com a maioria delas não relacionadas ao tema da publicação.
Recentemente, o Comando do Exército Brasileiro divulgou diretrizes
rigorosas para os usuários das redes sociais da instituição, alertando que o
desrespeito às regras pode resultar em bloqueio imediato ou até mesmo em
medidas legais, como a denúncia às autoridades responsáveis pela investigação
de crimes na internet.
As políticas do Exército para o uso das redes sociais têm sido alvo de
diversas interpretações equivocadas. Algumas postagens em blogs, sites, vídeos
e áudios espalharam a falsa informação de que o Exército passaria a fiscalizar
a internet. No entanto, uma análise mais aprofundada revela que se trata de
regras aplicadas apenas às redes sociais subordinadas ao comando da
instituição.
As violações das políticas incluem mensagens que:
· Utilizem linguagem inapropriada, obscena, caluniosa, grosseira, abusiva,
difamatória, ofensiva ou de qualquer outra forma reprovável;
· Façam apologia a práticas ilícitas;
· Incitem o ódio, a violência, o racismo ou façam discriminação de
qualquer tipo;
· Contenham ameaças, assédio, injúria, calúnia ou difamação, ou configurem
qualquer outro tipo de ilícito penal;
· Divulguem conteúdos na forma de spam ou "correntes";
· Tenham caráter comercial ou publicitário;
· Sejam repetidas, quando publicadas pelo mesmo autor;
· Sejam ininteligíveis ou descontextualizadas;
· Contenham propaganda político-partidária;
· Manifestem opiniões políticas ou ideológicas;
· Contenham links suspeitos ou representem ameaça à segurança da
informação;
· Utilizem informações e imagem de pessoas e instituições indevidamente;
· Divulguem dados pessoais do autor ou de terceiros;
· Violem os direitos de imagem e de propriedade intelectual;
· Promovam conteúdo fraudulento ou inverídico.
"Ao utilizar os canais mantidos pelo EB em redes sociais, o usuário
estará ciente das regras de uso e de convivência aqui descritas e de acordo com
elas. O usuário que desrespeitar essas regras poderá, a critério do CComSEx,
ser bloqueado imediatamente, independentemente de justificativa, consulta ou
aviso, e, conforme o conteúdo, as mensagens poderão ser encaminhadas às
autoridades competentes", afirma o texto divulgado pela instituição militar.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br/