A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, anunciou neste domingo
(28) que será candidata às eleições da União Europeia de junho, em uma
tentativa de aumentar o apoio ao partido "Irmãos da Itália", embora ela
assumirá o cargo se for eleita.
A votação do Parlamento Europeu de 6 a 9 de junho é um teste chave de
força para sua coalizão de direita formada há 18 meses.
"Queremos fazer na Europa o que fizemos na Itália
criar uma maioria que
reúne as forças de centro-direita e enviar a esquerda para a oposição", disse
Meloni em uma conferência do partido na cidade costeira de Pescara para definir
as políticas da UE e lançar a campanha.
Meloni, cujo partido tem suas raízes no grupo fascista de Benito
Mussolini, pediu que a Itália deixasse a zona do euro e sua eleição de 2022
levantou preocupações em algumas capitais europeias.
No entanto, ela seguiu uma linha ortodoxa amplamente pró-europeia,
particularmente em questões de política externa como a Ucrânia e o Oriente
Médio.
Seu partido é o mais popular da Itália, com 27% de apoio, de acordo com
pesquisas recentes, à frente do Partido Democrático (PD) da oposição em cerca
de 20% e do Movimento 5 Estrelas de esquerda em 16%.
Meloni será o primeiro nome na votação dos "Irmãos da Itália" em todos
os cinco círculos eleitorais da Itália para as eleições da UE, mas prometeu que
não usaria "um único minuto" de seu tempo como primeira-ministra para fazer
campanha.
A líder do PD, Elly Schlein, anunciou na semana passada que também
concorreria, assim como Antonio Tajani, chefe do partido centrista Forza Italia,
que está na coalizão governante.
Todos os três líderes esperam ganhar votos de pessoas que têm pouco
interesse na política, mas são atraídas por nomes de chefes do partido na
votação.
Supondo que sejam eleitos, Meloni, Schlein e Tajani devem desistir de
seus assentos, abrindo caminho para os vice-campeões.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br/