O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu que a Polícia Federal
(PF) aprofunde as investigações contra o youtuber Bruno Monteiro Aiub, o
Monark.
A manifestação do PGR destacou que Monark tem desobedecido, de modo
reiterado, decisão judicial que o impediu de publicar, promover, replicar ou
compartilhar notícias fraudulentas nas redes sociais.
"Conquanto a autoridade policial tenha apresentado relatório final da
investigação, medidas instrutórias complementares são necessárias para o
exaurimento da hipótese criminal e a formação da convicção ministerial",
pontuou Gonet sobre a necessidade de mais investigações.
Monark, segundo o PGR, tem burlado a proibição expedida pelo ministro do
Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ao produzir e replicar
conteúdo vedado nas redes sociais.
Embora tenha sido alvo de determinações judiciais, a Polícia Federal
levantou que Monark continua propagando discurso antidemocrático nas redes
sociais Rumble, TikTok, Instagram e YouTube.
O PGR exemplifica o caso com as informações divulgadas no perfil "Monark
Talks" no X (antigo Twitter). "Pega cinco generais, pega todos generais, vai no
Gabinete do Alexandre de Moraes e dá voz de prisão. Fala assim: "Você rompeu a
Constituição
"", disse em uma ocasião.
Entre os pedidos de Gonet, está o retorno dos autos à PF para que
"proceda à coleta e ao armazenamento dos vestígios digitais, com a adoção do
conjunto de todos os procedimentos necessários para garantir a sua higidez e rastreabilidade".
O bloqueio das contas de Monark se deu no contexto da escalada violenta
do 8 de janeiro. Na ocasião, Moraes determinou que Facebook, TikTok e Twitter
bloqueassem os perfis relacionados a Monark, que instigaram e divulgaram os
atos criminosos investigados.
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