O Brasil tomou conhecimento, nesta quarta-feira (24), de que as agências
Moringa, BRMais, Área Comunicação e Usina Digital foram as vencedoras da
megalicitação de comunicação promovida pelo governo Lula. Mas o site O
Antagonista já sabia, desde a véspera, que essas seriam as empresas vencedoras
dos contratos. Elas foram contratadas a peso de ouro para tentar dar jeito na
popularidade decadente do presidente.
Se os autores das propostas vencedores só poderiam ser revelados no ato
da sessão pública desta quarta-feira – já que o julgamento se dá sobre
propostas não identificadas -, por qual razão o site jornalístico já sabia do
resultado se isso, pelo rigor da lei, não poderia ser possível?
Luís Inácio Lula da Silva (PT) empenhou R$ 197 milhões de reais a fim de
"combater fake news". Por isso, pagará essa fortuna às quatro agências amigas
do governo; o que macula o processo licitatório. Outras 20 empresas estavam
disputando a licitação, e muitas delas possuem mais tradição e gabarito no
setor público do que estas que venceram.
Para provar a acusação, um dos autores da denúncia feita pelo site O
Antagonista, Wilson Lima, publicou ainda nesta terça-feira (23) uma mensagem
cifrada em seu perfil na rede social X.
– PP = AD + M + BRplus + US
AD significa Área Comunicação, conhecida por estreita relação com Otávio
Antunes, que é marqueteiro do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
US na postagem significa Usina Digital, associada a Sidônio Palmeira,
marqueteiro de Lula na última campanha política, e que se juntou ao governo
petista para buscar uma solução para o desgaste na imagem de Lula.
BRplus se refere à Br+, que integra o consórcio vencedor BR e Tal junto à
Digi&Tal, muito próxima dos deputados federais do PT Lindbergh Farias (RJ)
e Gleisi Hoffmann (PR), que é a presidente nacional do partido.
M representa a agência Moringa L2W3, a preferida do ministro da Secretaria de
Comunicação Social (Secom) de Lula, Paulo Pimenta, o PP presente na publicação.
O veículo de imprensa conclui, ao denunciar mais um fato grave em meio a
tantos envolvendo Lula e seus asseclas, que "se o objetivo do contrato é de
fato combater fake news, essa história começa muito mal".
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br/