O Tribunal de Contas da União (TCU) arquivou o pedido do Ministério Público
para suspender os salários do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ)
enquanto ele estiver preso.
Por unanimidade, os ministros concluíram que a representação não
preencheu os "requisitos de admissibilidade".
A decisão vai ao encontro do parecer da Secretaria-Geral de Controle
Externo do TCU. A área técnica defendeu que cabe ao departamento pessoal da
Câmara dos Deputados fazer o cálculo de eventuais descontos no salário de
Chiquinho Brazão.
O deputado é suspeito de ser o mandante do assassinato da vereadora
Marielle Franco e está preso preventivamente desde 24 de março, por
determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
Por ser deputado federal, a ordem de prisão precisou parecer pelo crivo
do plenário da Câmara, que votou o caso na semana passada e manteve Chiquinho
Brazão preso.
Ao acionar o TCU, o subprocurador Lucas Furtado defendeu que, uma vez
preso, o deputado não tem condições de exercer o mandato e, por isso, deveria
deixar de receber os salários e devolver eventuais valores pagos após sua
prisão.
– Entendo que resta prejudicado o exercício do cargo, devendo ser
suspenso o pagamento da remuneração mensal do deputado federal.
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