O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou novamente no vermelho
nesta quarta-feira, 17, em -0,17%, aos 124,1 mil pontos. Essa foi a sexta
sessão seguida que o índice encerra o dia em queda. Ao todo, no período, o
indicador recuou 4,40%, enquanto dólar e juros dispararam.
Entre as principais contribuições negativas para o resultados da sessão
desta quarta-feira, BRF (-3,99%), Prio (-2,15%) e Weg (-1,42%) lideraram o
grupo. Na ponta positiva, Vale (+1,09%), Petrobras (0,73% PN; 0,15% ON)
abrandaram a queda do índice.
O destaque da sessão ficou com os papéis da Petrobras que respondeu
positivamente à volta do presidente do Conselho de Administração, Pietro
Mendes, após a derrubada da liminar que o afastou da posição na semana passada.
A expectativa do mercado é que com Mendes de volta aumentam as chance de o
colegiado apreciar a distribuição de, pelo menos, parte dos dividendos
extraordinário retidos após a divulgação do último resultado trimestral da
companhia.
Os juros futuros iniciaram o dia em queda, corrigindo o forte movimento
de alta visto após a alteração da meta fiscal do governo para os anos 2025 e
2026. No entanto, comentários do presidente do Banco Central, Roberto Campos
Neto, sobre as incertezas econômicas para a condução da política monetária
foram vistos pelo mercado com uma sinalização de que a autoridade monetária
deve reduzir o ritmo dos cortes nos juros.
Com isso, a curva futura passou a precificar uma Selic em 10,5% ao ano
no fim do ciclo de cortes da taxa básica de juros, o que significa apenas mais
uma redução de 0,25 ponto percentual na reunião do Copom (Comitê de Política
Monetária) marcada para maio.
O real teve um dia de valorização após as fortes perdas das últimas
sessões. O dólar recuou frente a moeda brasileira e fechou em queda de 0,77%,
cotado a 5,24 reais.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br/