A Comissão de Ética da Presidência da República resolveu arquivar a
investigação contra o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, que permitiu
que seu sogro, Fernando Fialho, trabalhasse no ministério. A apuração diz que a
atuação foi voluntária e baseada em sua "experiência profissional reconhecida"
. As informações são da Folha de São Paulo.
O relator Bruno Espiñera Lemos, que pediu o arquivamento, indicou que a
presença de Fialho no ministério foi justificada pelo desejo de Juscelino Filho
de estar cercado de pessoas familiarizadas com a estrutura e os procedimentos
da administração pública.
Embora houvesse relatos de que Fernando Fialho comparecia ao ministério
mesmo quando o ministro não estava em Brasília e recebia empresários para
discutir assuntos relacionados ao ministério, o relator entendeu que essas
atividades não configuraram uma infração ética.
A alegação de que a atuação de Fialho ocorreu durante a transição de
governo e que as reuniões lideradas por ele se deu por meio de "conversas
genéricas, sem agenda específica e sem redundar em despachos ou atos
administrativos que possam movimentar possíveis ações no âmbito da pasta" não
foi aceita pelo relator.
Em última análise, o relator parece ter entendido que a atuação de
Fernando Fialho se limitou a conselhos e discussões, sem envolvimento direto em
atos administrativos, o que não configuraria uma infração ética por parte do
ministro Juscelino Filho.
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