A defesa do pastor Jorge Luiz dos Santos, condenado a 16 anos e seis meses pela
participação no 8 de Janeiro, afirmou ao STF que Santos não sabia que estava
cometendo crimes na ocasião. O recurso foi enviado ao Supremo no último dia 6 e
será analisado pelo ministro Alexandre de Moraes.
Santos está preso em Brasília desde 8
de janeiro de 2023. Em fevereiro deste ano, o STF o condenou por diversos
crimes, a exemplo de abolição violenta do Estado; golpe de Estado; deterioração
do patrimônio tombado; e associação criminosa armada. O pastor de 59 anos ainda
terá de pagar, com os outros condenados, R$ 30 milhões de indenização por danos
morais coletivos.
"Jorge é pastor, vendedor de caldo de cana,
possui pouco estudo e não tem conhecimento político e não possuindo nenhum
conhecimento jurídico", afirmou a defesa do
pastor, acrescentando: "Ele não possuía o entendimento total de
que estava cometendo ilícitos penais". Os advogados afirmaram
ainda que, durante o 8 de Janeiro, o homem não depredou nenhum objeto, não
carregou itens proibidos e não agiu violentamente.
Em janeiro, a Procuradoria-Geral da
República (PGR) afirmou que Moraes havia considerado erroneamente outra pessoa
com o mesmo nome do pastor, dez anos mais velha, ao rejeitar um pedido de
liberdade de Santos, como informou a coluna. O ministro rejeitou duas
solicitações da PGR para Santos responder ao processo fora da cadeia.
Fonte: Metrópoles