Começa na segunda-feira (15) a greve dos professores de diversas universidades
e institutos federais. A categoria reivindica reajuste salarial e a equiparação
dos benefícios aos dos servidores do Poder JudiciĂĄrio e do Congresso Nacional.
Outras instituições decidem na próxima semana se aderem ao movimento.
O Brasil tem 69 universidades federais
e 38 institutos federais de ensino. Desse total de 134, pelo menos 30 jĂĄ
estavam em greve. Os professores dessas unidades tĂȘm representações sindicais
distintas. Mas, nas últimas semanas, os movimentos tĂȘm se unificado, a fim de
aumentar o poder de interlocução junto ao governo federal.
Reajuste de 22%
Os professores das universidades e instituições federais exigem reajuste
salarial de 22%, dividido em trĂȘs parcelas iguais de cerca de 7%, a serem
incorporadas na remuneração em 2024, 2025 e 2026. Segundo os sindicatos, o
aumento corresponde às perdas salariais desde 2016, somadas à projeção de
inflação até 2025.
Proposta do governo
O governo federal propôs reajuste somente a partir de 2025. A ideia é aumentar
os salĂĄrios em 4,5% no ano que vem e mais 4,5% em 2026. Em contrapartida, o
governo sugeriu aumentar em quase 52% o auxílio-alimentação, de R$ 658 para R$
1 mil por mĂȘs.
A proposta inclui também 51% de
reajuste no auxílio-creche e no auxílio-saúde. O governo estĂĄ disposto a
reajustar esses benefícios jĂĄ a partir de maio de 2024.
Os sindicatos rejeitam a proposta.
Técnico-administrativos
O categoria dos servidores técnico-administrativos foi a primeira a cruzar os
braços. Os profissionais iniciaram as greves no início de março. Entre os
serviços comprometidos, estão a emissão de diplomas e históricos dos alunos. O
reajuste salarial exigido pelos servidores técnico-administrativos é de 34%,
também dividido em trĂȘs parcelas (2024, 2025 e 2026).
Revogaço
Outra exigĂȘncia dos movimentos grevistas é o chamado "revogaço". Os servidores
querem que o governo federal revogue uma série de decretos, portarias e outros
atos normativos implementados nos últimos governos. Os dispositivos
questionados abrangem jornadas especiais de trabalho, procedimentos
disciplinares em casos de greve e questões previdenciĂĄrias, entre outros
pontos.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br/