Em meio ao anúncio de que o Irã lançou uma série de mísseis e drones
contra Israel neste sábado (13/04), em retaliação ao ataque sofrido no início
de abril, os israelenses se preparam para se defender, considerando que as
aeronaves não tripuladas devem levar algumas horas ou até minutos para chegar a
seu território.
Uma arma importante do exército israelense é o sistema antimísseis Domo
de Ferro, desenvolvido pelos Estados Unidos para proteger Israel de ataques de
inimigos na região, como o grupo terrorista Hamas. O sistema tem capacidade
para derrubar foguetes e mísseis de curto alcance. Em seu perfil oficial no X
(antigo Twitter), o governo israelense mostra a tecnologia em funcionamento,
com a legenda "graças a Deus pelo Domo de Ferro". Assista:
Como
funciona o Domo de Ferro?
Criado pelas empresas israelenses Rafael Advanced Defense Systems e Israel
Aerospace Industries, com apoio técnico e financeiro dos Estados Unidos, o Domo
de Ferro foi criado em 2011 com dois sistemas separados, conhecidos como a Flecha
e a Funda de David, desenhados para ataques de médio e longo alcance
O Iron
Dome, como é chamado em inglês, possui interceptadores que são disparados de
unidades móveis ou estáticas, projetados para explodir os foguetes no ar.
Segundo o
governo de Israel, o nível de eficácia é de 90%. O sistema consegue prever
ainda se o foguete inimigo tem uma trajetória com risco de atingir uma área
povoada ou alvos de infraestrutura.
Apesar do
financiamento inicial do projeto ter sido bancado por Israel, o governo norte-americano
autorizou duas rodadas de verbas para aprimorar o Domo de Ferro, em 2010 e em
2013, num valor que soma quase US$ 900 milhões. Cada bateria antiaérea custa
US$ 50 milhões e os projéteis que destroem os foguetes são avaliados em US$ 80
mil.
Críticos
ao projeto, afirmam que ele pode prolongar o conflito de Israel com seus
vizinhos, em especial os palestinos, já que o Domo de Ferro ajudaria o país a
postergar ações efetivas que evitem os conflitos.
Defensores
do sistema dizem que ele evitou que Israel enviasse tropas para Gaza, por
exemplo, em diversas oportunidades, além de ser relativamente barato.
Fonte: (Estadão Conteúdo)