A dívida pública brasileira aumentou R$ 140,12 bilhões no intervalo de um mês. Segundo apresentação feita desta segunda-feira, 29, pelo Tesouro Nacional, os valores chegaram a R$ 6,03 trilhões em abril, um avanço de 2,38% no comparativo com março.
Chamado de estoque pelo Tesouro Nacional, a dívida pública federal (DPF) é segmentada em quatro indicadores: prefixado, índice de preços, taxa flutuante e câmbio. Todos eles cresceram de março para abril.
"O grupo índice de preços aumentou seu estoque em R$ 51,40 bilhões (2,73%) em relação a março", exemplifica o relatório do Tesouro Nacional. "Em abril, a apropriação de juros da DPF foi de R$ 48,15 bilhões. No ano, acumula R$ 207,55 bilhões."
Em abril, o item taxa flutuante foi a que mais colaborou em termos percentuais com a dívida pública: 39% dos R$ 6,03 bilhões. Índice de preços (32%), prefixado (25%) e câmbio (4%) completam a lista.
Conforme o gráfico, os dados de abril indicam aumento da dívida pública no comparativo com dezembro de 2022. Isso porque no fim do ano passado o patamar estava em R$ 5,91 trilhões. Na ocasião, a saber, o país tinha como presidente Jair Bolsonaro, enquanto Paulo Guedes era o ministro da Economia.
Em material, a própria equipe do Tesouro Nacional explica, de forma direta, o conceito de dívida pública. Destaca, por exemplo, que ela só existe — e aumenta — quando um governo gasta mais do que arrecada.
"A dívida surge e aumenta sempre que o governo gasta mais do que arrecada", enfatiza o Tesouro Nacional. "Assim, quando os impostos e demais receitas não são suficientes para cobrir as despesas, o governo é financiado por seus credores (pessoas físicas, empresas, bancos etc), dando origem à dívida pública."
"Assim como o bom uso do crédito por um cidadão facilita o alcance de grandes conquistas (a compra de sua casa própria, por exemplo), o endividamento público, se bem administrado, permite ampliar o bem-estar da sociedade e favorece o bom funcionamento da economia", prossegue, dessa forma, a equipe do Tesouro Nacional.
Fonte: Revista Oeste