O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) publicou nesta quarta-feira
(10) um vídeo em que defende a liberdade do colega e também parlamentar
Chiquinho Brazão, agora sem partido, acusado de ter sido o mandante do
assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes,
em 2018, no Rio de Janeiro.
HĂĄ poucas horas da discussão ter início na CCJ (Comissão de Constituição
e Justiça e de Cidadania) da Câmara dos Deputados, o filho do ex-presidente
Jair Bolsonaro chamou a votação de histórica e citou a Constituição.
"O deputado Brazão estĂĄ sendo acusado do assassinato da vereadora
Marielle Franco. Eu não posso admitir – com processo a percorrer ainda- com a
possibilidade da outra defesa do contraditório e atropelando a Constituição,
que fala que nós deputados só podemos ser presos em flagrante delito de crime
inafiançĂĄvel".
Prisão seria isca de patriotas, diz Eduardo
Bolsonaro
O parlamentar disse que a liberdade individual do colega acusado pelo
assassinato é "o que menos importa na votação de hoje". Para ele, manter Brazão
preso seria uma espécie de "isca" para prender patriotas.
"Porque se eu votar para prender definitivamente um deputado que não
cometeu um flagrante delitoÂ
Como é que amanhã eu vou poder dizer que um
patriota que foi preso, por falar? Eu tenho certeza que esse caso de agora é a
isca para que, amanhã, nós estarmos sendo encarcerados", ressaltou em vídeo.
Demais parlamentares do PL, um dos partidos que mais tem cadeiras na
Câmara, cerca de 95 estão orientados a votar contra a prisão de Chiquinho
Brazão.
Relembre o caso
Após a homologação da delação premiada do ex-policial militar Ronnie
Lessa, Chiquinho Brazão foi expulso do União Brasil e estĂĄ preso de forma
preventiva desde o dia 23 de março.
O parecer do relator do caso, deputado Darci de Matos (PSD-SC), é
defende que Brazão siga preso. O documento diz que o parlamentar praticava atos
que configurariam obstrução da justiça e, como consequĂȘncia, comprometeram as
operações policiais que investigavam o caso.
Fonte: NDmais