A Alforge Segurança Patrimonial, uma empresa sediada em Pernambuco cujos
sócios foram acusados de "lavagem de dinheiro", "falsidade ideológica" e
"organização criminosa", mantém contratos milionĂĄrios com o governo federal,
conforme informações divulgadas pelo portal UOL.
No ano de 2023, a empresa foi beneficiada com R$ 14 milhões provenientes
do governo de Luiz InĂĄcio Lula da Silva. A predominância desta quantia foi
obtida através de um acordo com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São
Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
Além de firmar um acordo com o governo federal, a Alforge foi
beneficiada com R$ 65 milhões provenientes do Estado de Pernambuco.
Mesmo com as investigações realizadas pela Polícia Federal (PF) e pela
Controladoria-Geral da União (CGU), evidenciando possíveis desvios, a empresa
ainda persiste em receber fundos públicos e em estabelecer novos contratos.
A empresa comunicou ao UOL que "não houve nenhuma irregularidade nem
ilegalidade na gestão". "As conclusões da PF são equivocadas e frutos de uma
vingança", O advogado da Alforge, Emerson Leônidas, afirmou ao UOL que "as
conclusões da PF são equivocadas e frutos de uma vingança".
Investigação de Seis Anos da PF sobre Acusados de Lavagem de Dinheiro e
Organização Criminosa
No ano de 2018, a Polícia Federal descobriu que Pércio Araújo Ferraz, um
policial militar a serviço da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe),
seria um parceiro invisível da Alforge. Sua esposa, Margarita Ferraz, é listada
como sócia oficial da companhia.
Uma vez que a PF descobriu esses acontecimentos, Pércio começou a ser
examinado como o cabeça de uma organização criminosa. Ele supostamente utilizou
um conglomerado empresarial para desviar fundos de licitações.
Depois, esses recursos eram retornados a lotéricas associadas a
políticos. Tal ação culminou na Operação Mapa da Mina, em 2020. A polícia
identificou uma perda de R$ 30 milhões para os cofres públicos.
A operação teve como alvo dois políticos proprietĂĄrios de lotéricas:
Mosar Tato (PSB-PE), prefeito de ItamaracĂĄ, e Guilherme Uchôa Júnior (PSB-PE),
então deputado estadual. O último é filho do ex-presidente da Alepe, Guilherme
Uchôa.
Ainda hĂĄ outro inquérito em andamento
Existe uma outra investigação em curso na PF. Esta pesquisa estĂĄ
apurando os delitos de "corrupção ativa", "corrupção passiva" e "peculato" —
que ocorre quando um funcionĂĄrio público desvia dinheiro.
A Polícia Federal descobriu evidĂȘncias de que a Alforge manipulou trĂȘs licitações na estatal Codevasf, localizada em Petrolina (PE).
Fonte: As informações são da Revista Oeste. Lula