O dólar registrou nova valorização nesta segunda-feira (1º/4). Por volta
das 15h30, a moeda americana era cotada a R$ 5,05, numa elevação de 0,77%. A
Bolsa brasileira (B3), em sentido inverso, está em queda. No mesmo horário, o
Ibovespa recuava 0,83%, aos 127.036 pontos.
Tanto a elevação do dólar quanto o recuo do Ibovespa estão relacionados
ao fato, confirmado por sucessivos dados, de que a economia americana está
aquecida. Com isso, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) não deve
iniciar tão cedo o ciclo de baixa dos juros do país, hoje fixados no intervalo
entre 5,25% e 5.50%.
Os juros altos nos Estados Unidos aumentam a atratividade por
investimentos em títulos da dívida americana, considerados os mais seguros do
mundo, e podem fortalecer o dólar. Em contrapartida, tornam menos interessantes
ativos de renda variável, mais voláteis, como as ações negociadas em Bolsa,
especialmente em países
Sinal de resiliência
Outra demonstração de força da economia americana foi dada nesta segunda. O
índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês), que mede o nível da
atividade industrial dos Estados Unidos, recuou de 52,2 pontos, em fevereiro,
para 51,9 pontos, em março, segundo pesquisa divulgada pela S&P Global.
Mesmo com a queda, esse foi o terceiro mês seguido que o indicador ficou acima
dos 50 pontos, o que mostra expansão da atividade (abaixo de 50 há retração).
"A resiliência da economia americana demonstrada nas últimas divulgações
de inflação e PMIs tem impulsionado um contexto de incertezas no mercado,
quanto à redução da taxa de juros nos EUA", diz Sidney Lima, analista da Ouro
Preto Investimentos. "Nesse cenário, é natural que parte dos investidores
procure a moeda americana como proteção."
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br