O deputado estadual paulista Danilo Balas (PL) acionou o Ministério Público de São Paulo contra o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) por intolerância religiosa.
O deputado estadual paulista Danilo Balas (PL) acionou o Ministério Público de São Paulo contra o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) por intolerância religiosa.
O parlamentar afirmou que comparar os cristãos aos executores de Cristo ofende de forma significativa e desrespeita milhões de cristãos no Brasil e no mundo. Disse ainda que a publicação representa uma afronta a um dos símbolos mais sagrados do cristianismo, que simboliza sacrifício, amor e redenção.
"Não nos calaremos diante de ataques à nossa fé e à liberdade religiosa. Não devemos admitir a intolerância religiosa e o preconceito contra cristãos. Isso é totalmente inadmissível," declarou Balas.
O integrante do PL na Assembleia Legislativa de São Paulo solicitou investigação e possível interdição da publicação. O parlamentar ressaltou que a publicação da imagem, em plena Sexta-feira Santa, buscava chocar o público cristão e escarnecer sua fé, bem como tachar os cristãos de defensores da tortura e da execução sumĂĄria.
O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, diante da polĂȘmica, voltou a publicar horas depois no X um segundo post que diz: "A falta de interpretação da imagem e da mensagem é de se impressionar".
Em seguida reproduziu trechos da leitura de Lucas, capítulo, 23, da Bíblia, em que o governador romano Pôncio Pilatos, responsĂĄvel por julgar Jesus Cristo, diz ao povo que não hĂĄ provas para levĂĄ-lo à morte, mas, diante do clamor público, Jesus foi condenado e crucificado. No lugar dele, BarrabĂĄs foi liberto, após ser preso por assassinato e incitação de motim.
A expressão "bandido bom é bandido morto", usada no post, é comumente usada por espectros da direita favorĂĄveis à pena de morte, punição que não existe na legislação brasileira.
O post do MTST motivou críticas entre os dois pré-candidatos que lideram a corrida à Prefeitura de São Paulo.
O prefeito Ricardo Nunes postou que a imagem do MTST "é de cortar o coração, um sacrilégio". JĂĄ o deputado Guilherme Boulos (PSOL), que militou por 20 anos no MTST e chegou a ser coordenador do movimento, classificou as críticas de Nunes como "terrorismo moral".
"Ricardo Nunes tirou a Sexta-feira Santa para distorcer o post de um movimento social e criar terrorismo moral". "Isso mostra que sua aliança com o bolsonarismo não é apenas eleitoral. É de princípio e de método", afirmou Boulos.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br