A publicação de Páscoa do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) repercutiu entre políticos de direita e virou munição para pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo se virarem contra o deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP), que também disputará o pleito.
Publicada na Sexta-feira Santa (29/3), a montagem traz uma imagem de Jesus Cristo crucificado, acompanhada da frase "Bandido bom é bandido morto", atribuída a três soldados romanos. O lema é comumente associado a grupos conservadores, que defendem penas mais duras a quem comete crimes.
O post teve cerca de 1,9 milhões de visualizações no X (antigo Twitter). Políticos de oposição a Boulos buscaram relacionar o episódio ao pré-candidato à prefeitura pelo Psol, Guilherme Boulos, que se tornou uma das principais lideranças do movimento.
O atual prefeito de São Paulo e pré-candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB) classificou a publicação como "um sacrilégio". "Essa turma do Boulos só ataca a tudo e a todos. Estou indignado", disse.
"Logo em um dia tão importante para os cristãos, o MTST do Boulos usou a crucificação para comparar bandidos e Jesus. Como é possível alguém cogitar que esse rapaz seja prefeito de São Paulo?", questionou a pré-candidata pelo Partido Novo Marina Helena.
O deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) também se manifestou: "Guilherme Boulos busca apoio dos evangélicos ao mesmo tempo em que seu grupelho de invasores blasfemam Jesus no dia de sua morte", escreveu.
Até o momento, Guilherme Boulos não se manifestou. O MTST respondeu às criticas nas redes sociais. "A falta de interpretação da imagem e da mensagem desse post é de se impressionar", disse o grupo na noite de sexta.
A publicação também repercutiu entre outros nomes da direita, como os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carla Zambelli (PL-SP), o senador Ciro Nogueira (PP-PI) e Fabio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação de Jair Bolsonaro (PL).
Veja as manifestações:
Metrópoles
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