Os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil, à esquerda na
foto), e São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos, à direita na foto) se
reuniram nesta terça-feira, 19, com o presidente de Israel, Isaac Herzog (ao
centro na foto). Os dois viajaram a convite do primeiro-ministro Benjamin
Netanyahu, em resposta aos ataques de Lula a Israel no conflito com o Hamas.
Em postagem nas redes sociais, Caiado disse que pediu desculpas aos
israelenses pelas declarações de Lula, que evocou o Holocausto para reclamar da
reação de Israel aos ataques terroristas de 7 de outubro.
"Nossa agenda do dia em Israel começou com uma visita ao presidente do
país, Isaac Herzog. Conversamos sobre os impactos do conflito, o rastro de
destruição deixado e reforçamos a importância do diálogo e da promoção da paz.
Fiz questão também de levar o meu pedido de desculpas a todos os israelenses
por uma fala infeliz do presidente da república comparando a guerra ao
holocausto. Saibam que serão sempre bem-vindos ao nosso estado", publicou o
governador.
Contraponto
Caiado e Tarcísio fazem um contraponto a Lula com a viagem. Os governadores
de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL),
também foram convidados, mas optaram por não viajar.
O ex-presidente Jair Bolsonaro também recebeu um convite, mas precisa da
liberação de seu passaporte pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para conseguir
sair do país.
A movimetação no campo da direita em reação a Lula e em defesa de Israel
tem como pano de fundo a sucessão presidencial de 2026. Bolsonaro está
inelegível, o que abre o caminho para lideranças regionais como Tarcísio e
Caiado.
Na sexta-feira, 15, Tarcísio adotou oficialmente no estado de São Paulo
a definição de antissemitismo da IHRA (Aliança Internacional para a Recordação
do Holocausto), durante encontro com representantes da comunidade judaica no
Palácio dos Bandeirantes.
Já Caiado anunciou em fevereiro o primeiro memorial para as vítimas do 7
de outubro fora de Israel.
O Antagonista