Guido Mantega (foto) não vai sumir tão cedo enquanto Lula estiver no
PalĂĄcio do Planalto. Depois de tentar empurrar o ex-ministro da Fazenda no
comando da Vale, o governo ventila o nome de Mantega para o conselho
administrativo da Braskem.
A Folha de S.Paulo diz que o responsĂĄvel pela "nova matriz econômica"
esteve no PalĂĄcio do Planalto na quarta-feira, 13, para tratar do futuro com o
ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa.
No dia anterior, Costa jĂĄ tinha dado uma dica do que o governo deve
fazer para justificar uma posição para Mantega, au anunciar uma dança das
cadeiras nos conselhos onde o Planalto tem assento.
Rodízio
"Esse rodízio nós vamos fazer em outros lugares, rodízio de pessoas de
um conselho para outro. Até para oxigenar os conselhos das estatais a gente vai
fazer com algumas pessoas esse rodízio. Não é exclusivo da Petrobras, nós
haveremos de fazer esse rodízio em outros conselhos também", disse Costa.
"Segundo integrantes do governo, o ex-ministro da Fazenda foi chamado na
véspera, terça (12), data da audiĂȘncia do presidente da Petrobras, Jean Paul
Prates, com Lula", informa a Folha.
O jornal destaca também que o mandato de 10 dos 11 conselheiros da
Braskem expira em abril. "A Petrobras tem direito a 4 assentos no conselho da
petroquímica, todos em vacância a partir do próximo mĂȘs. Os demais são da
Novonor, antiga Odebrecht", completa a Folha.
Injustiçado?
A insistĂȘncia de Lula com Mantega se justificaria pela impressão do
petista de que o ex-ministro foi injustiçado por ficar estigmatizado pela crise
econômica desencadeada no governo Dilma Rousseff.
"Injustiçado" é uma palavra muito forte, mas, como destacamos nesta
semana, Dilma não foi a única responsĂĄvel pela crise, nem Mantega. A culpa foi
de todos eles, inclusive de quem empurrou Dilma para o colo dos brasileiros e
tenta empurrar Mantega mais uma vez.
Fonte: O Antagonista