Advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Fabio Wajngarten ironizou o
depoimento prestado pelo ex-comandante do Exército Freire Gomes à Polícia
Federal no âmbito da investigação sobre um suposto plano golpista para reverter
o resultado das eleições vencidas por Lula. À frente do Exército até o final da
gestão Bolsonaro, Freire Gomes confirmou ter participado de reuniões com o
então presidente nas quais foram discutidas minutas para a decretação de GLO,
estado de Defesa e de Sítio.
"Tem General com memória
seletivaÂ…" escreveu Wajngarten na rede social X, com imagens de uma reportagem
da Folha de S.Paulo sobre as falas de Freire Gomes à PF no último dia 1º de
março, quando falou por mais de 7 horas aos investigadores. "Recorda-se de
vírgulas e frases e palavras, mas não se recorda de datas", disse o advogado de
Bolsonaro, diante de um techo em que o militar diz não lembrar uma das datas em
que teria ido ao Palácio da Alvorada tratar do tema.
"Bem curioso. Mais ainda as defesas não terem nenhum acesso à esse
depoimento folclórico", concluiu Wajngarten. O advogado tem insistido para ter
acesso a todo o material da investigação sobre a suposta tentativa de golpe de
estado e foi sob essa reclamação que Bolsonaro ficou calado quando foi chamado
à PF para depor sobre as suspeitas.
Metropoles