O ministro do STF, Alexandre de Moraes, decidiu apurar se o ex-assessor
especial de Relações Internacionais de Jair Bolsonaro, Filipe Martins,
realmente não viajou para os Estados Unidos no final de 2022.
Moraes determinou em decisão no último dia 11 de março acessada nesta
quinta-feira (14/3) que a Latam informe ao Supremo se Martins embarcou em um
voo no dia 31 de dezembro de 2022 de Brasília e Curitiba, como alega a defesa
do ex-assessor.
Além das informações da companhia aérea, Moraes também pediu imagens
para o aeroporto de Brasília. O ministro quer imagens do embarque da comitiva
presidencial aos Estados Unidos, em 30 de dezembro, e do voo para Curitiba que
supostamente Martins embarcou.
Houve também uma determinação à Polícia Federal. Moraes ordenou a
suspensão dos passaportes de Martins.
A requisição de Moraes veio após os advogados de Martins pedirem a
liberdade provisória ao ministro. O ex-assessor está preso desde o dia 8 de
fevereiro, quando foi detido em operação da Polícia Federal em operação que
apura um suposto golpe de Estado.
No pedido de prisão, a PF alegou que Martins "burlou sistema migratório"
ao viajar a bordo do avião presidencial para Orlando, nos Estados Unidos, em 30
de dezembro de 2022, "sem realizar o procedimento de saída com o passaporte em
território nacional".
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